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Médicos de SP vão suspender atendimento a 10 planos

Apenas uma especialidade irá parar por vez, com suspensão dos atendimentos por 72 horas; a paralisação não deve afetar os atendimentos de emergência

Por Da Redação
1 jul 2011, 11h10

Médicos paulistas de 53 especialidades decidiram na quinta-feira, em assembleia, suspender temporariamente o atendimento a usuários de dez operadoras de planos de saúde que se recusaram a negociar o reajuste dos valores pagos por consulta. O cronograma da paralisação deve ser divulgado dentro de 20 ou 30 dias.

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Cada especialidade vai parar por 72 horas de forma alternada. Isso significa que nos três dias em que os ginecologistas estiverem paralisados, por exemplo, todas as demais especialidades estarão atendendo normalmente os convênios. “A ideia é manter a pressão sobre as empresas sem prejudicar os usuários”, diz Florisval Meinão, vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB). Atendimentos de emergência não serão paralisados.

De acordo com Meinão, a adesão médica será feita por meio de cada especialidade específica e o cronograma fechado só deve ser divulgado dentro de 20 a 30 dias. “Esse tempo serve ainda como uma chance para que essas operadoras que não mostraram interesse em negociar com os médicos revejam sua atitude”, diz. A expectativa da AMB é que as negociações sejam iniciadas com todos os planos que não se manifestaram.

Entre os usuários que devem ser prejudicados, estão os beneficiários da Gama Saúde, Porto Seguro, Intermédica, Greenline, Notredame, Abet (funcionários das empresas de telecomunicações) e também os funcionários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Embratel.

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Reivindicações – Os médicos reivindicam aumento do valor da consulta para 80 reais; atualização do valor dos procedimentos de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM); e regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual.

Insatisfação – Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) revela a insatisfação dos médicos paulistas. Dos 58.000 que atendem planos, 74% consideram ruim ou péssima a relação com as operadoras. Em 2007, o índice era de 43%. Ao avaliar sua relação com o Sistema Único de Saúde (SUS), 59% dos médicos se disseram insatisfeitos. Foram ouvidos 649 médicos pelo Instituto Datafolha.

Segundo Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp, o relacionamento com as operadoras piorou muito nos últimos dez anos, principalmente pela falta de reajuste nos honorários. A FenaSaúde, entidade que congrega as 15 maiores operadoras, diz que vem participando dos debates sobre honorários liderados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

(Com Agência Estado)

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