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Exame de sangue pode prever risco de infarto

Um estudo mostrou que pessoas com níveis altos do anticorpo IgG no sangue correm risco menor de sofrer problemas cardiovasculares como infarto e derrame

Por Da redação
Atualizado em 20 jun 2016, 18h01 - Publicado em 20 jun 2016, 17h48

Um exame de sangue pode prever o risco de uma pessoa sofrer um infarto nos cinco anos seguintes ao teste. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico EbioMedicine, pacientes com níveis mais altos de anticorpos – moléculas produzidas pelo sistema imunológico – do tipo imunoglobulina G (IgG) são menos propensos a problemas cardiovasculares, como infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).

No novo trabalho, pesquisadores do Imperial College London e da Universidade College London, ambas na Inglaterra, acompanharam 1.753 pessoas, em tratamento para pressão alta – fator de risco para problemas cardiovasculares -, ao longo de cinco anos. Destes, 470 sofreram algum evento cardiovascular – infarto ou AVC – durante o período de acompanhamento.

Os resultados mostraram que os voluntários com maiores níveis do anticorpo IgG corriam 58% menos risco de ter doença coronariana ou um infarto e uma probabilidade 38% menor de sofrer um AVC ou outro problema cardiovascular, independente de outros fatores de risco como pressão alta e nível de colesterol.

“Vincular um sistema imunológico mais forte e robusto com uma maior proteção contra ataques cardíacos é uma descoberta muito excitante. Nós esperamos poder usar a nova descoberta para estudar os fatores que levam algumas pessoas a ter um sistema imunológico que ajuda a protegê-las contra o problema, enquanto outras não. Esperamos também explorar formas de fortalecer o sistema imunológico para ajudar a proteger contra doenças cardíacas.”, disse Ramzi Khamis, pesquisador do Imperial College London e coautor do estudo.

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A principal causa de doença cardiovascular é a aterosclerose – acúmulo de depósitos de gordura nas paredes das artérias – que pode restringir o fluxo sanguíneo do coração. De acordo com os pesquisadores, embora o nível de imunoglobulina não seja considerado um fator relevante para o risco de doença cardiovascular, há evidências de que certos tipos, como a G, poderiam reduzir o risco de aterosclerose, enquanto outros, poderiam aumentar esse risco.

Atualmente, o risco de um paciente sofrer de problemas cardiovasculares é calculado a partir de seu histórico médico, idade, sexo, pressão e colesterol. De acordo com os autores, a descoberta tem o potencial de ajudar os médicos a calcular de forma mais precisa o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco a partir de um exame simples e barato. Além disso, pacientes que fazem tratamento com estatinas ou betabloqueadores talvez não precisem mais destes medicamentos se seu sistema imunológico for forte o suficiente para protegê-los.

Agora, os pesquisadores irão realizar um estudo com outros perfis de pacientes e descobrir formas de fortalecer o sistema imunológico e aumentar a produção de anticorpos do tipo IgG. Estes são os anticorpos responsáveis por proteger de infecções virais e bacterianas, por isso, além de serem encontrados em todos os fluidos corporais, ele são o anticorpo mais abundante em nosso organismo. 

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