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PSC mantém Feliciano na liderança da sigla e processará jovem

Legenda alega "defender a imagem do partido". Deputado é acusado por jovem de tentativa de estupro e agressão

Por Da redação
Atualizado em 9 ago 2016, 18h23 - Publicado em 9 ago 2016, 17h59

A presidência do PSC decidiu nesta terça-feira manter o deputado Marco Feliciano (SP) na liderança do partido na Câmara. A decisão foi tomada durante reunião da cúpula da sigla, para discutir a acusação contra o parlamentar por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão feita pela jornalista Patrícia Lellis, de 22 anos.

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De acordo com a assessoria de imprensa do PSC, a cúpula da sigla não só manteve Feliciano na liderança, como decidiu entrar na Justiça contra a jovem por falsa acusação, para “defender a imagem do partido”. Nas denúncias que fez, Patrícia afirmou que a legenda “sempre soube da denúncia”, mas pediu que ela “ficasse calada”.

Na noite do último domingo, Patrícia Léllis registrou boletim de ocorrência contra Feliciano em uma delegacia de Brasília, por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão. Segundo o relato, o crime aconteceu na manhã do dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar na capital federal. Patrícia relatou que em 16 de junho, um dia depois de ter sido agredida por Feliciano, procurou ajuda no partido, mas em resposta ouviu uma proposta para receber dinheiro em troca de seu silêncio.

A proposta teria sido feita pelo presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, segundo ela, em uma reunião na qual estava também presente o deputado Gilberto Nascimento. “Pastor Everaldo me deu uma sacola de mercado cheia de dinheiro e disse que era para eu ficar quieta”, disse ela. De acordo com a jovem, Everaldo também a ameaçou de morte. Patrícia contou que, após relatar o caso no PSC, passou a ser perseguida dentro do partido.

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Ela relatou ter sido procurada pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talmo Bauer. Os dois se encontraram em um café, onde ela gravou a conversa com o assessor. O arquivo foi encaminhado por Patrícia a dois amigos, com a orientação de que deveria ser divulgado na internet caso acontecesse alguma coisa com ela. No sábado passado, ela saiu de Brasília e foi a São Paulo. Assim que chegou à capital paulista, a jornalista diz que continuou sendo assediada por Bauer. Segundo Patrícia, o chefe de gabinete a forçou a gravar dois vídeos em que negava as agressões e rasgava elogios a Feliciano. Os vídeos foram publicados na internet nesta semana. “Ele também pegou a senha do meu Facebook e do WhatsApp e passou a mandar mensagens em meu nome”, relatou.

Ao estranhar a postura da jovem nas redes, os amigos divulgaram, na quarta-feira passada, o áudio. Na conversa, Bauer oferece ajuda a ela e a aconselha a “deixar tudo para lá”. A jornalista já havia registrado um outro B.O. há três dias em São Paulo contra o chefe de gabinete do político. O funcionário foi detido na última sexta-feira por suspeita de manter a jovem em cárcere privado e de obrigá-la a publicar vídeos negando as acusações. Ele foi liberado no mesmo dia.

Defesa – Feliciano se defendeu das acusações por meio de suas redes sociais. Em vídeo em que aparece ao lado de sua mulher, o deputado do PSC diz ter sido alvo de ataques a sua moral. Ele prometeu apresentar provas de sua inocência e defendeu que a jornalista seja responsabilizada por falsa comunicação de crime.

(Com Estadão Conteúdo)

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