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Pizzolato contrata novo advogado para defesa na Itália

Pedido de extradição do mensaleiro será apresentado pelo Brasil até sexta-feira; contratação indica preparação para batalha acerca do pedido

Por Da Redação
20 fev 2014, 12h02

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato contratou novo advogado para fazer a sua defesa em território italiano. Condenado a doze anos e sete meses de detenção em regime fechado no julgamento do mensalão e preso desde 5 de fevereiro na Itália, Pizzolato fugiu do Brasil dois meses antes do mandado de prisão ser expedido pelo Supremo Tribunal Federal. O plano de fuga começou a ser tramado em 2007.

Além do advogado de ofício Lorenzo Bergami – designado pela Justiça após sua captura em Pozzo di Maranello -, o ex-dirigente do BB é agora defendido por Alessandro Sivelli, criminalista que atua na região de Modena, cidade onde o mensaleiro está preso.

Batalha – A contratação de um segundo advogado indica que Pizzolato se prepara para uma longa batalha em torno do pedido de extradição a ser apresentado pelo governo brasileiro nos próximos dias. Detentor de dupla nacionalidade – italiana e brasileira – e condenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, ele fugiu clandestinamente para a Itália, passando por Buenos Aires, em 12 de setembro. Até mesmo documentos do irmão que morreu em 1978 em um acidente de trânsito, foram usados na fuga.

Procuradores brasileiros avaliam que o processo de extradição poderá levar pelo menos seis meses. Nesta segunda-feira, a Corte de Apelação de Bolonha decidiu acolher o pedido do Ministério da Justiça para manter o mensaleiro na cadeia. O procurador Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral da República do Brasil, interpretou o pedido do ministério italiano como um sinal de que a extradição, embora difícil, poderá acontecer. Para ele, não faria sentido manter Pizzolato preso se não fosse para garantir que pudesse ser extraditado.

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Ironicamente, a Procuradoria faz trabalho semelhante, mas em sentido oposto. No mesmo período, tradutores contratados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dedicaram-se a verter para o italiano as principais peças da Ação Penal 470 envolvendo a condenação de Pizzolato, para instruir o pedido de extradição. Serão em torno de duzentas páginas de documentos. Entre eles, a denúncia da procuradoria, o acórdão e a carta de sentença, segundo informaram Pelella e o chefe do setor de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras.

O pedido brasileiro será julgado pela Corte de Apelação em Bolonha, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação, em Roma. A decisão final sobre a extradição, no entanto, será política e caberá ao Ministério da Justiça. Os crimes cometidos por Pizzolato ao usar documentos falsos em território italiano são objeto de duas investigações, uma em La Spezia, onde ele alugou uma casa, e outra em Módena. São, porém, considerados delitos de baixa gravidade, que raramente são punidos com prisão.

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(Com Estadão Conteúdo)

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