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MP investiga compra de times pela turma de Agnelo Queiroz

Reportagem em VEJA desta semana revela que amigos e assessores do governador do DF fizeram investimentos suspeitos no futebol candango

Por Gabriel Castro
30 dez 2011, 13h46

O futebol profissional em Brasília é tão desenvolvido quanto o golfe no Gabão. A média de público nos jogos não passa de 2 000 torcedores e o time local de melhor desempenho está na terceira divisão do campeonato nacional. Mesmo assim, os gramados da capital têm levado políticos a se transformar em cartolas. O primeiro a descobrir as vantagens de fazer negócio em torno de um produto tão ruim foi o notório Luiz Estevão, que criou o Brasiliense Futebol Clube depois de ter o mandato de senador cassado e ser preso pelo desvio de milhões de reais das obras do TRT de São Paulo.

Há quem defenda que ele entrou no ramo para lavar, digamos, sua biografia. Outros acreditam que foi por amor ao futebol. Seja qual for a razão, Luiz Estevão fez escola. Uma década após a aposta pioneira do ex-senador, agora é a turma ligada ao governador Agnelo Queiroz, do PT, que se lança injetando dinheiro no combalido futebol candango.

Parceiro dileto e companheiro inseparável de Agnelo até nas denúncias de corrupção que levaram o governador a ser investigado pelo Superior Tribunal de Justiça, o advogado Luis Carlos Alcoforado acaba de comprar para si o Brasília Futebol Clube, recém-rebaixado para a segunda divisão do Distrito Federal. Ele não revela o valor, mas um levantamento preliminar do Ministério Público estima que o negócio tenha girado em torno de 3 milhões de reais. “Comprei para incentivar futuros talentos”, diz.

Propina – Nas investigações que envolvem Agnelo, Alcoforado é apontado como arrecadador do petista. Ele nega. O advogado teria intermediado, por exemplo, supostos pagamentos de propina de um laboratório farmacêutico a Agnelo, na época em que o governador dirigia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curiosamente, o laboratório é o mesmo que, no ano passado, patrocinou outro time de futebol controlado pela turma do PT: o Ceilândia, da periferia de Brasília.

Coincidência? Promotores que acompanham o caso acham que não. E já puseram sob a lupa um terceiro clube, o Sobradinho, comprado recentemente pelo irmão do secretário mais influente de Agnelo, o também petista Paulo Tadeu. Além da suspeita óbvia de lavagem de dinheiro, os promotores já mapearam outro interesse da turma: assumir, com os clubes, a gestão do megaestádio que Agnelo está construindo para a Copa de 2014. Visão de futuro é o que não falta.

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