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João Paulo desiste de candidatura à prefeitura de Osasco

Petista foi condenado pelo STF por três crimes no escândalo do mensalão

Por Thais Arbex
30 ago 2012, 19h53

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do mensalão, o deputado João Paulo Cunha comunicou ao PT a decisão de retirar sua candidatura à prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. O vice de sua chapa, Jorge Lapas (PT), ex-secretário municipal de Governo, assumirá a candidatura.

Ainda que predomine a avaliação que a candidatura de Jorge Lapas não terá tempo hábil para ganhar musculatura, os petistas pressionaram o deputado para que ele abandonasse a disputa. A avaliação é que o desgaste pela condenação por corrupção inviabilizou sua permanência nas eleições e que ele seria bombardeado na propaganda de rádio e TV – além, é claro, da incerteza sobre sua possível prisão ao término do julgamento do mensalão. “Não tinha mais condições”, afirmou João Góis. presidente municipal do PT em Osasco.

Além disso, João Paulo foi orientado por dirigentes do PT a se dedicar, a partir de agora, à tentativa de manter seu mandato de deputado federal na Câmara. Ele deverá enfrentar processo de cassação em Brasília tão logo os trâmites judiciários da ação penal acabem, possivelmente só em 2013.

Não será a primeira vez que ele terá de lutar para não ser defenestrado do Congresso: em 2006, livrou-se da cassação por apenas um voto no plenário após sucessivas tentativas de acordo com a oposição.

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Vice – Dirigentes do PT, entre eles João Paulo, estão reunidos na noite desta quinta-feira na sede do Sindicato dos Bancários, em Osasco, para traçar os rumos da campanha e oficializar a renúncia. Durante a reunião, o atual prefeito da cidade, o petista Emídio de Souza, afirmou que “estamos enxugando lágrimas”. Entretanto, pediu aos dirigentes do partido “energia redobrada e total empenho para eleger Jorge Lapas”. Segundo aliados, João Paulo pressiona agora para emplacar Valmir Prascidelli como novo vice. Prascidelli é vereador e pertence ao mesmo grupo político de João Paulo.

Agressão – Ao final do encontro, cerca de 50 militantes do PT formaram um cordão de isolamento para a saída do carro de João Paulo e seus aliados. Houve tumulto e briga com a imprensa, principalmente com fotógrafos e cinegrafistas, com xingamentos por parte dos militantes do partido. Aproximadamente 10 minutos após a confusão, e quando já não havia mais nenhum militante no local, a Polícia Militar chegou.

Nos bastidores, petistas avaliam que é real o risco de perder a prefeitura de Osasco para Celso Giglio, do PSDB. A condenação nesta quarta-feira também deu força a uma ala do partido que sempre foi refratária à candidatura de João Paulo. O argumento central é que, além da pecha de mensaleiro, ele não conseguiu fazer a candidatura decolar mesmo respaldado por uma coligação de 20 partidos.

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