Empresário se defende de acusações após ser alvo da PF
Alexandre Accioly, da rede de academias BodyTech, diz que negócios com empresário preso Georges Sadala foram legais e estão documentados
O empresário Alexandre Accioly, dono e acionista de diversos negócios, sobretudo no Rio de Janeiro, é um dos investigados de operação que a Polícia Federal realizou nesta quinta-feira e que culminou com a prisão de Régis Fichtner, ex-secretário-chefe da Casa Civil no governo de Sérgio Cabral (PMDB). Suspeito de negócios ilícitos envolvendo o também empresário Georges Sadala, Accioly foi alvo de um mandado de busca e apreensão e intimado a depor.
Em nota enviada à imprensa, o empresário afirma que prestou esclarecimentos sobre a venda de um imóvel, a compra de um automóvel e uma operação de crédito, que consistiu em um empréstimo feito por Sadala – preso na ação da PF desta quinta, batizada de C’est fini (expressão em francês para “é o fim”). Accioly alega que essa pendência foi totalmente quitada, em transações “amparadas por farta documentação comprobatória – tais como escritura, documentos de compra e venda de bens e respectivas transferências bancárias”.
Ele acrescentou também que se tratam de negócios de “caráter estritamente pessoal”, que “não se comunicam com as empresas nas quais detém participação”. Entre essas empresas, destacam-se a rede de academias BodyTech, que tem como sócio o apresentador e possível candidato à Presidência Luciano Huck, e o hotel Fasano.
Georges Sadala, o empresário com o qual Accioly admite ter negociações, é um dos que estão nas famosas fotos da “turma do guardanapo”, feitas em 2009, com a presença de vários membros do governo Cabral e empresários cariocas. São imagens de um jantar, durante uma viagem a Paris, em que todos estão com guardanapos na cabeça. Na imagem abaixo, o executivo aparece ao lado do ex-secretário da Saúde Sérgio Côrtes, também preso pela Lava Jato no Rio, e do empresário Fernando Cavendish, réu na Operação Saqueador.