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Debate tem ‘dobradinha’ de Marta e Doria e Haddad escanteado

Prefeito respondeu ao mesmo número de perguntas dos nanicos Major Olímpio e Erundina

Por Eduardo Gonçalves, João Pedroso de Campos, Nicole Fusco e Adriana Farias
30 set 2016, 01h07

No último debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pela Rede Globo, os postulantes embolados na briga pelo segundo turno brigaram para garantir uma vaga na disputa contra João Doria (PSDB), primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto. E se saíram melhor na estratégia Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB). O prefeito Fernando Haddad (PT) foi escanteado – passou dois blocos sem ser questionado por nenhum adversário. O petista respondeu ao mesmo número de perguntas que os nanicos Luiza Erundina (Psol) e Major Olímpio (SD): três.

Já Doria foi o candidato mais concorrido, com seis perguntas direcionadas a ele – o tucano perguntou quatro vezes aos seus adversários. Na sequência vêm Marta, questionada cinco vezes (perguntou quatro), e Russomano, que respondeu a quatro perguntas e realizou cinco.

 

Marta aproveitou as perguntas para alfinetar Haddad e deixou a maior estocada em Russomanno para as considerações finais. “Ele tem vários problemas com os trabalhadores, como vocês já viram por aí, tem problemas na Justiça”, afirmou a peemedebista, em referência ao bar fechado pelo adversário em Brasília.

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A candidata do PMDB chegou a fazer algumas dobradinhas com Doria para criticar Haddad – e posicionar-se, ao lado do tucano, como uma figura anti-PT. Ela afirmou que o prefeito não entregou as UPAs e CEUs que prometeu. E disse que vai retomar a distribuição plena de remédios na cidade em 30 dias, se eleita. Já Doria elogiou a proposta e se manteve calmo ao longo de todo o embate – até mesmo quando foi atacado por Luiza Erundina.

A candidata do Psol voltou a chamar o tucano de lobista. “É melhor rever sua fala sobre não ser político. Sua ação lobista se serve basicamente de recursos públicos”, afirmou. Na sequência, ouviu que as propostas de Doria são mais modernas que as dela. Erundina também voltou sua artilharia contra Marta, sempre colando à peemedebista a figura de Michel Temer. Questinou a senadora sobre a proposta do “presidente ilegítimo para educação” – e deu mostras de que nenhuma das duas conhece o texto da MP que altera o Ensino Médio. Erundina irritou a peemedebista ao afirmar que o desemprego é fruto de medidas econômicas do governo Temer. “Não, essa crise é resultado da incompetência da sua ex-presidente Dilma”, respondeu Marta.

Nas poucas vezes em que falou, Haddad aproveitou para atacar Russomanno e Marta. Fez dupla com Erundina para criticar os adversários que sugerem elevar o limite de velocidade nas vidas da capital. “A demagogia que Marta, Russomanno e Doria fazem é irresponsável e indigna. Velocidade não pode ser arma na cidade de São Paulo”. O petista ainda acusou os demais de trocar vidas por votos. No momento mais tenso da noite, Haddad perguntou a Russomanno sobre o Uber. O petista lembrou que o deputado chegou a afirmar que poria fim ao aplicativo na cidade. E ouviu: “Só vou corrigir o que você fez errado”.  O embate animou a plateia. Agora é guerra”, comentou um tucano sobre Haddad ter escolhido Russomanno para falar sobre Uber. O candidato do PRB caiu nas pesquisas após se posicionar contrário ao aplicativo de transporte privado.

Apesar das eventuais estocadas, ao contrário dos programas eleitorais veiculados na reta final da campanha, os candidatos economizaram nos ataques. Como resumiu o marqueteiro de Doria, Lula Guimarães: “Debate da Globo é sempre zero a zero. Ninguém quer arriscar. Todo mundo fica comportado”.

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