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Para evitar crise, Temer quer reunir Renan, Moraes e Cármen Lúcia

Temor do presidente é que os desdobramentos da Operação Métis atrapalhem o andamento da votação da PEC do Teto

Por Da redação
Atualizado em 25 out 2016, 16h30 - Publicado em 25 out 2016, 15h51

Para tentar quebrar o clima de tensão instaurado nos últimos dias nos três poderes, o presidente Michel Temer costura nos bastidores a ideia de unir, num mesmo evento, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Os três protagonizaram, nos últimos dias, trocas de farpas públicas após a operação da Polícia Federal nas dependências do Senado na última sexta-feira, que prendeu o diretor da Polícia Legislativa do Senado e outros três servidores.

Temer pretende colocar os três lado a lado no evento de lançamento do Pacto Nacional pela Segurança Pública, previsto para esta sexta-feira. A defesa das propostas englobadas pelo pacto, na avaliação de integrantes do Palácio, exige a participação de todos e deve unir o discurso.

O temor do presidente neste momento é de que os desdobramentos da Operação Métis atrapalhem o andamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece limite de gastos. A PEC 241 deve ser votada em segundo turno nesta terça-feira, 25, no plenário da Câmara e em seguida vai para discussão no Senado.

“A preocupação do presidente é baixar a temperatura da crise. O maior temor do Palácio neste momento é que esse problema institucional atrapalhe a pauta de votação no Congresso. A PEC do Teto tem um calendário apertado”, ressaltou um assessor palaciano.

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Renan, Moraes e Cármen Lúcia estão no centro do tensionamento instaurado nos últimos dias. Em entrevista concedida na segunda-feira, Renan chamou Moraes de “chefete de polícia” após o ministro afirmar que os agentes da polícia legislativa “extrapolaram” a competência. O senador também disparou contra o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília e que autorizou a operação no Senado, a quem chamou de “juizeco”.

As declarações de Renan contra o juiz levaram a ministra Cármen Lúcia a também reagir nesta terça-feira. “Onde um juiz for destratado, eu também sou”, disse Cármen. A ministra declarou ainda que o Judiciário exige respeito dos demais poderes da República.

A operação da Polícia Federal visou a desarticular um grupo, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, que, segundo as investigações, ‘tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas dos federais em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência’.

(Com Estadão Conteúdo)

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