A Advocacia-geral da União (AGU) protocolou nesta segunda-feira na Justiça Federal do Paraná dias novas ações de improbidade administrativa para cobrar bilhões de reais de empreiteiras e pessoas investigadas na Operação Lava Jato. Nas ações, a AGU apresentou pedidos para cobrar 12 bilhões de reais de pessoas físicas e empresas citadas no escândalo de corrupção. Somado a outros processos já em tramitação, a União pede ao todo o ressarcimento de 5,6 bilhões de reais por conta do propinoduto instalado na Petrobras e outros 17,4 bilhões de reais em multas a serem aplicadas a réus do petrolão.
Entre os alvos da ofensiva da AGU são as empreiteiras Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC, Camargo Correa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e Engevix, além dos ex-dirigentes da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Costa e Pedro Barusco e do doleiro e delator da operação policial Alberto Youssef.
Os valores pedidos pela advocacia-geral levam em conta pareceres do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), que já havia indicado a existência de sobrepreço médio de 17% nos contratos fechados com as empreiteiras que formavam o Clube do Bilhão, cartel de companhias que fraudaram contratos com a Petrobras e distribuíam propina a agentes políticos.
Além do pedido de ressarcimento relacionado ao sobrepreço das obras do petrolão, a AGU apresentou pedido para que empresas sejam proibidas de celebrar contratos com o poder público e que empresários e ex-dirigentes da Petrobras tenham os direitos políticos suspensos.