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Campus Party segue problemática – e prolífica

Calor e filas são marca do evento, que deve receber 200.000 visitantes. Mas ambiente não atrapalha circulação de ideias – ao contrário, parece favorecê-la

Por James Della Valle
6 fev 2012, 19h41

Em 2008, mais de 3.000 fãs de tecnologia se reuniram no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para a primeira edição do maior evento nerd do país: a Campus Party. A “festa” virou rapidamente sinônimo de sucesso, o que fez com que sua organizadora, a espanhola Futura Networks, continuasse investindo na idéia. Foram seis dias de calor intenso, filas, projetos e interação entre as diversas áreas técnicas – algo que praticamente não mudou durante os cinco anos de evento.

A Campus Party 2012 começou exatamente da mesma forma: filas para a entrada, para reservar barracas e para cadastrar computadores. É algo que, infelizmente, só tende a piorar com a abertura de espaço para mais participantes. Neste ano, são esperados mais de 7.000 pessoas, das quais 5.000 devem passar a semana intera acampadas para não perder nenhum minuto do evento. O público em geral pode chegar a 200.000 aficionados ou curiosos.

O calor excessivo, provocado pela grande quantidade de máquinas apinhadas no mesmo lugar, não é desconhecido pelos frequentadores da Campus. Em 2009, por exemplo, após ouvir milhares de reclamações, a organização foi obrigada a alugar ventiladores especiais apara ajudar a controlar a temperatura e os ânimos no Centro de Exposições Imigrantes, também em São Paulo. Neste ano, o sistema de ventilação já está montado. Outra diferença é que, naquela época, um copo de água mineral costumava custar até 2,50 reais, ante os 4 reais de 2012.

A velocidade da internet é, como sempre, o grande destaque da Campus Party. Em 2008, eram “impressionantes” 5 gigabits por segundo (Gbps), apenas uma fração dos atuais 20 GPS – um dos maiores atrativos desta edição.

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A acústica geral melhorou com um espaçamento maior entre as áreas de exibição, mas, ainda não está 100%. Os palcos específicos para a apresentação de palestras continuam totalmente abertos, proporcionando o vazamento de som. Por exemplo: as pessoas localizadas na área de segurança de redes podem ouvir, sem esforço, o que é apresentado no setor de artes digitais. “Nos anos anteriores, era difícil ouvir uma palestra por causa da acústica. Era melhor ver o conteúdo em casa, pela internet”, afirma a professora de idiomas Juliana Prado Uchoa, que participou de todas as edições do evento.

Para o estudante de comunicação Marlos Ramos, campuseiro de primeira viagem, a organização ainda precisa aprimorar a entrega de serviços e estandes, espalhados pelo espaço. “Todos já entraram e ainda temos diversos estandes inacabados por aqui. Acho que eles deveriam entregar isso pronto”, afirma.

A despeito de todos os problemas, o evento consegue reunir mais e mais pessoas a cada ano, dispostas a enfrentar as dificuldades para compartilhar conhecimento, aprender mais sobre uma área específica ou apenas jogar com seus amigos na maior lan house colaborativa do planeta.

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