Mark Zuckerberg decreta: todo poder ao Messenger
CEO do Facebook anuncia recursos para o app de mensagens instantâneas. De quebra, abre nova guerra com o YouTube
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira na F8, conferência da empresa para desenvolvedores, em San Fracisco, que o Messenger, ferramenta de mensagens instantâneas da rede, vai ganhar uma série de aplicativos próprios nos próximos meses. O serviço agora tem status de plataforma aberta, incentivando desenvolvedores a criar recursos de interação, a exemplo de GIFs, animações e mensagens customizadas. “Acreditamos que com a ajuda de pessoas do mundo todo podemos melhorar o modo como nos comunicamos”, afirmou Zuckerberg. Segundo dados oficiais, hoje cerca de 600 milhões de pessoas utilizam o Messenger diariamente.
Na apresentação, o CEO afirmou que os apps para o Messenger estarão disponíveis para download nas lojas de aplicativos para Android, sistema operacional do Google, e do iOS, da Apple: depois de instalados, serão incorporados à plataforma automaticamente. Um dos exemplos apresentados é o app Giphy, uma biblioteca de GIFs pela qual o usuário pode buscar uma imagem sequencial que transmita o que está pensando.
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Outra novidade em relação ao Messenger será a possibilidade de usuários se comunicar, pelo Messenger, com empresas que mantenham páginas no Facebook. Pela plataforma, poderão realizar chats e receber informações como recibos de compras e avisos de entrega, por exemplo.
“Queremos tratar as marcas como pessoas”, afirmou David Marcus, vice-presidente de produtos de mensagem da companhia. Essa possibilidade, segundo Marcus, deve trazer mais empresas para uma atuação mais direta e participativa no Facebook.
Os recursos mostram o constante empenho do Facebook em fortificar o Messenger. Na semana passada, a empresa anunciou que oferecerá dentro de alguns meses, nos Estados Unidos, um sistema para envio de dinheiro a amigos pela plataforma. De acordo com a rede social, os usuários cadastrarão seus cartões de débito e crédito uma vez e, nas transações seguintes, o pagamento poderá ser feito por meio de um ou dois cliques. O recurso funcionará tanto para desktops quanto para os aplicativos de Android e iOS.
O YouTube que se cuide – Em um anúncio rápido e aparentemente despretensioso, a diretora de plataforma do Facebook, Deborah Liu, afirmou que a partir dos próximos dias os usuários poderão embedar vídeos originalmente publicados na rede social em outros sites. Na prática, os vídeos públicos postados no Facebook poderão se espalhar pela internet a partir da plataforma – basta, para isso, colocar em outros sites um código de programação fornecido pela rede, como faz hoje o YouTube.
Na prática, é provável que a novidade afete diretamente o site de compartilhamento de vídeos. Isso porque, até hoje, os usuários publicavam seus vídeos no YouTube e depois os espalhavam pelo Facebook usando o código de programação. A partir de agora, não precisarão mais realizar a primeira etapa, a menos, é claro, que de fato queiram disseminar o vídeo no YouTube.
Em janeiro, o site de Zuckerberg anunciou que o Facebook já contabiliza três bilhões de visualizações de vídeos em seus domínios todos os dias. O YouTube, por sua vez, afirma apenas que mede “bilhões de visualizações diárias”, sem especificar o número exato. Tudo indica que a briga será de gigantes daqui para frente.
(Da Redação)