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Internet brasileira é lenta — e avança no mesmo passo

Segundo estudo da empresa americana Akamai, velocidade de conexão em nações como Quênia, Uruguai e Nigéria avança mais rapidamente

Por Rafael Sbarai
23 abr 2014, 00h23

A internet brasileira é lenta – e avança na mesma velocidade. Relatório divulgado nesta quarta-feira pela Akamai, empresa americana especializada na medição do tráfego na internet, ilustra essas duas características. O Brasil ocupa a 78ª posição entre as nações que registraram crescimento na velocidade de transmissão de dados na rede: a conexão local ficou 0,2% mais veloz (Quênia, Uruguai e Nigéria, por exemplo, avançaram mais rapidamente). Com uma taxa média de transmissão de 2,7 Mbps, o Brasil fica na 83ª posição do ranking mundial. Fica, assim, atrás, entre outros, de Tailândia, Equador e Iraque. Os dados compararam o terceiro e o quarto trimestre de 2013.

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A situação do Brasil também é pior do que a da maioria dos vizinhos da América do Sul. Além do Equador, Chile, Uruguai, Argentina e Colômbia têm conexões de internet mais velozes do que a nacional.

A liderança do ranking é da Coreia do Sul, com velocidade média oito vezes superior à brasileira: 21,9 Mbps. Depois, aparecem Japão (12,8 Mbps) e Holanda (12,4 Mbps). “A Coreia do Sul é um exemplo a ser seguido”, explica o americano Matthew Swartz, executivo da Akamai no Brasil. “O país investiu de modo agressivo na infraestrutura de redes e, rapidamente, se tornou referência no setor.”

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Ranking de nações na web
País Velocidade
1º Coreia do Sul 21,9 Mbps
2º Japão 12,8 Mbps
3º Holanda 12,4 Mbps
4º Hong Kong 12,2 Mbps
5º Suíça 12 Mbps
6º República Checa 11,4 Mbps
7º Suécia 10,5 Mbps
8º Letônia 10,4 Mbps
9º Irlanda 10,4 Mbps
10º Estados Unidos 10 Mbps
83º BRASIL 2,7 Mbps

Taxa média de transmissão de dados na rede

Veja a tabela completa Fonte: Akamai

De acordo com a companhia, a lentidão e o avanço tímido da internet brasileira podem ser explicados pelo crescimento do número de novas conexões. “A maioria dos novos acessos está na classe C, público que em geral contrata serviços com velocidades mais baixas. Esse fenômeno reduz as chances de o país saltar posições no ranking”, explica Swartz. Na outra ponta, países com velocidades altas de conexão (caso de Estados Unidos, com 10 Mbps, e Suíça, com 12 Mbps) oferecem conexões ainda mais velozes.

Outro importante dado é relativo às características do acesso à rede: 77% das conexões brasileiras têm velocidade média inferior a 4 Mbps. Segundo a Akamai, isso faz com que um brasileiro tenha que aguardar 5 segundos para que um vídeo, com qualidade de alta definição, seja carregado em seu computador.

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Nações que mais avançam na web
País Crescimento
1º Quênia 50%
2º Uruguai 43%
3º Nigéria 34%
4º Sri Lanka 19%
5º China 18%
6º Lesoto 18%
7º Trinidad e Tobago 15%
8º Cazaquistão 13%
9º Suécia 13%
10º Ilha de Jersey 12%
78º BRASIL 0,2%

Crescimento da taxa de transmissão de dados entre o terceiro e o quarto trimestre de 2013

Veja a tabela completa Fonte: Akamai

Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a sua plataforma de entrega de conteúdo, que representa entre 20% e 30% do tráfego de internet global. Para o ranking de 2013, a empresa analisou 238 países, mas apenas 140 nações foram reunidas no ranking em função dos números de IP acessando a internet por meio da plataforma da Akamai: é necessário reunir mais de 25.000 endereços para que o país faça parte do grupo.

Além das conexões de banda larga fixa, a empresa americana também estuda a velocidade da internet móvel no Brasil. Segundo o relatório, que considera os acessos por meio de redes 3G e 4G, os brasileiros acessaram a web no celular com velocidade média de apenas 1,4 Mbps no último trimestre de 2013 – queda de 18% em relação ao registro apresentado entre julho e setembro do mesmo ano. É um dos valores mais baixos apresentados no estudo. Mesmo assim, o país figura na terceira colocação entre nações da América do Sul: a liderança é da Venezuela (3,9 Mbps), seguida do Chile (1,8 Mbps). Na prática, o brasileiro espera, em média, 12 segundos para que uma página de web seja carregada por completo no celular.

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