Google suspende as vendas dos seus óculos inteligentes

O Google Glass, óculos de realidade aumentada do Google, não será mais vendido para consumidores a partir de 19 de janeiro. Em testes no mercado desde maio de 2014, o aparelho acaba de ter sua produção encerrada e, segundo a companhia, apenas empresas e desenvolvedores poderão adquiri-lo sob encomenda.

As razões para a decisão do Google não foram especificadas, mas há varios fatores que colaboraram para os óculos não terem vingado nesses primeiros meses de venda. O primeiro deles é o alto preço: cada par custava US$ 1,5 mil. Outro motivo seria a falta de aplicativos e pouca usabilidade do produto. Havia também grandes preocupações com a privacidade e a segurança, já que os óculos permitiam gravar fotos e vídeos de tudo o que está ocorrendo ao redor do usuário.

O Google, porém, não desistiu do projeto. A equipe que cuidava do Glass sairá da responsabilidade do laboratório de grandes experimentos e apostas da companhia, o Google X, e será remanejada para o controle de Tony Faddel, ex-executivo da Apple que hoje é responsável pela divisão Nest Labs, focada em automação doméstica – as chamadas casas inteligentes. A mudança parece significar que a companhia busca tornar os óculos mais úteis para a rotina doméstica das pessoas.

De acordo com o Wall Street Journal, o novo modelo do Google Glass deve sair ainda este ano. A estratégia, disseram representantes do Google ao jornal, será diferente: o produto só chegará ao consumidor final quando estiver pronto para o uso de uma grande quantidade de pessoas. Algumas das melhorias prometidas são preço menor, um som mais nítido, maior duração de bateria e uma tela – ou display – mais elaborado.