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Call of Duty: Black Ops e Kinect podem salvar o ano da indústria de games

Os dois lançamentos deste fim de ano são a esperança de lucros num mercado que não sabe para onde caminha

Por BBC
10 nov 2010, 21h27

Este tem sido um ano medíocre para a indústria dos jogos. O setor culpou a falta de grandes lançamentos no primeiro semestre e um faturamento menor do Wii, da Nintendo

Para uma indústria que sempre está oscilando à beira da histeria, está é uma semana onde as relações públicas atingiram novos níveis. Estamos diante do lançamento do “produto de venda mais rápida da indústria do entretenimento”, seguido pela chegada de uma tecnologia que vai transformar nosso relacionamento com a tela.

Para os desavisados, trata-se de Call of Duty: Black Ops, a última edição da franquia mais lucrativa da indústria dos jogos, e do Kinect, da Microsoft, para o Xbox, um sensor que transforma seu corpo no controlador do jogo.

Não é de se admirar que os encarregados de relações públicas estejam animados – este tem sido um ano medíocre para a indústria dos jogos, e eles estão desesperados por um empurrão no período que antecede o Natal.

Se você quiser saber como um setor que deveria ser à prova de recessão enfrentou esse ano, basta olhar o preço da ação de uma fabricante de jogos na Grã-Bretanha. Um ano atrás, cada ação valia 1,60 libra. Agora vale metade.

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O setor culpou a falta de grandes lançamentos no primeiro semestre e um faturamento menor do Wii, da Nintendo. Agora, coloca todas as suas esperanças nas vendas de Natal do Call of Duty e do Kinect.

Mas o que parece é que está havendo uma grande reviravolta em um negócio que ninguém tem certeza para onde caminha. Alguns se perguntam se podem continuar no jogo. Apenas poucas companhias gigantes podem se dar ao luxo de fazer um blockbuster como Call of Duty.

Estima-se que o desenvolvimento e a comercialização da versão mais recente, o Modern Warfare 2, custe cerca de 250 milhões de dólares. Isso é bom quando você tem um jogo que fatura 1 bilhão de dólares em receitas, mas como ocorreu na Grã-Bretanha no caso da Realtime Worlds, se mal conduzida pode matar uma empresa.

Há um ecossistema diferente, onde empresas como a Playfish Zynga faz jogos on-line com um orçamento magro. Toda uma nova geração de jogadores está achando tudo isso, de Farmville e Angry Birds a Plants versus Zombies, uma forma interessante de passar 20 minutos todos os dias sem ter de sair em busca de produtos dentro de caixas na loja de videogames do bairro.

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Numa escala ainda menor, há desenvolvedores de garagem correndo para fazer jogos destinados a app stores para centenas de milhares de usuários de smartphones.

Entretanto, tanto a Microsoft com o Kinect, como a Sony, com seu sensor de movimentos Mova, estão tentando reforçar suas plataformas para além do Wii. Já existem alguns viciados em Xbox desprezando o Kinect como algo inútil para o tipo de títulos que jogam – o que certamente é perder o ponto.

A Microsoft espera atingir exatamente esse tipo de público familiar, agora atendido pelo Wii, e também usa o projeto Kinect como laboratório para o tipo de tecnologia inteligente que pode ir para outro lugar.

Em contrapartida, o console da Nintendo, criado como uma alternativa amigável para toda a família, vai lançar pela primeira vez uma franquia do Call of Duty – os fãs do Super Mario Galaxy realmente vão mudar para um jogo para maiores de 18 anos com uma trama de Guerra Fria?

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Em suma, toda a indústria – desenvolvedores, editores, fabricantes de console e lojistas – estão vagando ao redor de uma paisagem desconhecida. É um mundo cheio de promessas e perigos, onde se pode ganhar riquezas inimagináveis, onde o garoto pode vir do nada para destruir um jogador experiente – e onde as regras parecem mudar a cada cinco minutos. Algo que poderia ser um grande jogo.

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