A saga dos brasileiros que querem ganhar a vida criando games
VEJA.com acompanhou uma dupla de desenvolvedores durante a preparação e a apresentação de um projeto no BIG, evento que reúne amantes e profissionais do setor de jogos eletrônicos
O engenheiro paulista Luiz Guilherme Alvarez, de 27 anos, e o designer gaúcho Vitor Severo Leães, de 29, alimentaram o mesmo sonho nos dois últimos anos: transformar um hobby em ganha-pão. Eles se conheceram em um curso de desenvolvimento de jogos em Porto Alegre e, desde então, tocaram à distância o projeto de criação de um game 100% local, totalmente independente e candidato a receber atenção das distribuidoras internacionais, que correm o mundo em busca de títulos inovadores. O resultado é o game Toren, inspirado na obra do artista japonês Hayao Miyazaki, conhecido por animações como A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado. No jogo, uma princesa é vítima de um encanto que a faz atravessar todas as fases da vida enquanto permanece enclausurada em um castelo.
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Para chamar a atenção das distribuidoras internacionais, a dupla Alvarez e Leães decidiu apresentar sua criação no Brazilian International Game Festival (BIG), evento anual que coloca frente a frente criadores, mentores, investidores, distribuidores… enfim, toda a cadeia do mundo dos jogos eletrônicos. A edição mais recente foi encerrada em dezembro, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Lá estavam Alvarez e Leães, representando a Swordtales, empresa criada para o desenvolvimento de Toren. Outras 9 equipes brasileiras apresentaram seus projetos em um evento chamado “DemoNight”. Cada desenvolvedor teve sete minutos para apresentar o projeto. Na sequência, especialistas brasileiros e estrangeiros fizeram observações sobre o potencial do jogo, além de sugerir mudanças para fazer o título chegar ao mercado.
VEJA.com acompanhou a jornada da dupla brasileira, da preparação à apresentação no BIG. Confira essa aventura no vídeo a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=2k2g5aXcLR4