Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Voz de ex-presidente poderá ser afetada

Tratamento envolve exercícios para maximizar a função da laringe. Cerca de 60% dos pacientes que fazem radioterapia ficam com sequelas discretas na voz

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h35 - Publicado em 31 out 2011, 14h15

A voz do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, poderá sofrer alterações devido ao tratamento contra o câncer de laringe, diagnosticado no último sábado. De acordo com informações dadas pelos médicos durante coletiva de imprensa, Lula será acompanhado por um fonoaudiólogo.

A laringe é um órgão que tem funções ligadas à respiração, produção de voz e deglutição. Entre as possibilidades de tratamento desse tipo de câncer estão a quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia.

A partir desta segunda-feira, Lula será submetido à quimioterapia. Ele também fará sessões de radioterapia em janeiro do próximo ano. Segundo Elisabeth Carrara de Angelis, fonoaudióloga e oncologista chefe do serviço de reabilitação do Hospital AC Carmargo, o acompanhamento por um especialista em fonoaudiologia é importante para prevenir alterações graves na fala do ex-presidente. “Sozinha, a quimioterapia não traz muitas consequências à voz. Ao combiná-la com a radioterapia, porém, a voz tende a ficar mais alterada”, diz Angelis.

Ela explica que a radioterapia é localizada na região do pescoço, então, os músculos do local tendem a ficar mais endurecidos, afetando também as cordas vocais. “O papel da fono é proporcionar exercícios específicos a cada músculo para que esses tenham maior possibilidade de movimento da corda vocal, evitando assim o enrigecimento muscular e a dificuldade de engolir. O objetivo é maximizar a proteção da laringe”, afirma Angelis.

Continua após a publicidade

Durante o tratamento de radioterapida, o paciente poderá sofrer alterações na voz provocadas por inflamação e inchaço. Nesse período, a pessoa pode ficar rouca ou sem voz. “Ao acabar o tratamento, ele pode voltar ao normal”, diz. Em alguns casos, é possível ter sequelas tardias. Por isso, a importância do acompanhamento com um especialista.

Segundo Angelis, cerca de 60% dos pacientes que fazem radioterapia apresentam alterações discretas na voz. Outros 15% retomam a condição função anterior e o restante fica com alterações graves. “Não sabemos porque isso acontece. É uma característica individual e a resposta vocal ao tratamento costuma ser muito boa”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.