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Tratamento com células-tronco recupera tecido cardíaco após infarto

Estudo realizado durante dois anos com pacientes que sofriam de doenças cardíacas resultou em aumento do volume de sangue bombeado pelo coração e recuperação de tecido infartado

Por Da Redação
7 nov 2012, 09h13

Pacientes que receberam tratamento com células-tronco durante dois anos apresentaram melhoras significativas nas funções cardíacas. Esses foram os resultados da primeira fase de um ensaio clínico realizado por pesquisadores da Universidade de Louisville e do Brigham and Women’s Hospital, da Universidade de Harvard. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, durante encontro da American Heart Association, que acontece em Los Angeles.

O estudo foi realizado com pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca seguida de infarto do miocárdio e volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo (ou fração de ejeção do ventrículo esquerdo. LVEF, na sigla em inglês) de 40% ou menos, enquanto o valor normal é de 50% para cima. Esses pacientes tiveram suas próprias células-tronco cardíacas coletadas durante a cirurgia de ponte de safena. As células-tronco foram cultivadas em laboratório até atingir uma quantidade de cerca de um milhão para cada um e então foram reinseridas na região do coração do paciente danificada pelo ataque cardíaco.

O procedimento foi realizado em 20 pacientes. Após quatro meses, o volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo (LVEF) aumentou de 29% para 36%, enquanto o grupo que não recebeu as células não apresentou melhoras. O efeito benéfico das células-tronco cardíacas se mostrou progressivo: um ano após o tratamento, o aumento foi de 8,1%. Após dois anos, o aumento foi de 12,9%.

Recuperação do tecido – Imagens de ressonância magnética de nove pacientes mostraram uma redução no tecido cardíaco infartado de 33,9 gramas antes do tratamento para 18,2 gramas após dois anos. Já o tecido saudável aumentou de 146,3 para 164,2 gramas. Os demais participantes do estudo não puderam se submeter à ressonância magnética por terem implantado anteriormente aparelhos que interferiam no procedimento.

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Caso de sucesso – Um dos participantes do estudo, Jim Dearing, apresentou um resultado extraordinário. Com dois anos de tratamento ele deixou de apresentar sinais dos dois ataques cardíacos que sofreu. Ele teve uma melhora de 20% no bombeamento sanguíneo analisado, de 38% para 58%. “Qualquer um que examine o coração dele agora não imagina que esse paciente já teve insuficiência cardíaca ou ataque cardíaco”, diz Roberto Bolli, pesquisador da Universidade de Louisville.

Os pesquisadores pretendem continuar o estudo por mais dois anos e planejam expandi-lo. “Se estudos maiores continuarem confirmando nossas descobertas, nós teremos uma cura potencial para insuficiência cardíaca, porque teremos algo que, pela primeira vez, realmente pode regenerar tecido cardíaco”, afirma Bolli.

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