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Rio teve quatro mortes por dengue em uma semana

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h37 - Publicado em 6 abr 2011, 20h48

A cidade do Rio de Janeiro registrou quatro mortes em decorrência da dengue em apenas uma semana. Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira pela secretaria estadual de Saúde, esses óbitos aconteceram entre os dias 30 de março e 6 de abril. No total, a capital registra 11 mortes.

Nos três primeiros meses deste ano, a quantidade de casos na cidade, de 16.706, já é maior do que a soma dos anos de 2010 (com 3.120) e 2009 (com 2.723). No último mês de março, a secretaria municipal de Saúde contabilizou a taxa de 151,7 casos por cem mil habitantes. No mesmo mês de 2010, foram 3,8 casos por cem mil pessoas.

“Março é quando há maior taxa de mortalidade por causa do fim do verão, das chuvas e do calor”, explica Daniel Soranz, subsecretário de Atenção Primária da cidade do Rio. Ele acrescenta que a grande participação da capital no total de 27 mortes no estado está ligada ao fato de abrigar metade da população fluminense. Apesar de o Ministério da Saúde ter divulgado nota confirmando que o Rio de Janeiro é o único estado com tendência de aumento de casos, a série histórica iniciada em 2000 na capital fluminense aponta uma diminuição de casos em abril.

“A tendência é de que todas as cidades tenham estabilização e redução. Mas não podemos confirmar isso este ano devido ao risco da dengue tipo 4”, diz Soranz. A secretaria municipal de Saúde ainda não confirmou nenhum caso do sorotipo 4, mas está em alerta desde o registro da doença em Niterói, município vizinho. A preocupação da secretaria é justamente com a possibilidade de circulação desse novo tipo da doença. “No próximo ano, haver um cenário próximo das epidemias de 2002 e 2008”, alerta.

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A dificuldade do combate à dengue no Rio, bem como em toda a região sudeste, está no fato de 90% dos criadouros existirem dentro de residências. Após a publicação e a regulamentação do decreto que autoriza a entrada compulsória na casas das pessoas, os agentes de saúde do município começaram esta semana a ‘invadir’ a propriedade daqueles que se recusam a retirar os focos do mosquito. “Estamos endurecendo com a população”, diz o subsecretário.

Outras medidas estão sendo tomadas para evitar uma epidemia no próximo verão. Uma delas é a construção de 30 unidades de básicas de saúde na capital. A expectativa é de que, em 2012, haja 60 dessas clínicas. Este ano, 3700 agentes continuarão a campanha preventiva.

O governo do Rio de Janeiro também já se prepara para o verão com a capacitação de funcionários da rede hospitalar pública e privada. Nesta terça, a secretaria estadual de Saúde deu o primeiro curso destinado apenas às instituições particulares. “A gente percebe a necessidade de capacitação permanente para os profissionais. Para o próximo ano, vamos começar a capacitação em junho com o objetivo de o sistema ficar sensível e capaz de reconhecer os casos de dengue com a precocidade necessária para diminuirmos a letalidade”, afirmou a subsecretária de vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto, que realizou a abertura do curso.

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