Sudeste é o ‘campeão’ de doadores de medula óssea
Região detém 48% dos doadores no país; mulheres são 56% dos voluntários
Um levantamento divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta quinta-feira mostra que dos 2 milhões de doadores de medula óssea voluntários no Brasil, 48% estão no Sudeste, 56% são mulheres e 88% têm menos de 45 anos, o que acaba ampliando a permanência do voluntário no cadastro. O perfil dos voluntários foi feito com base nas informações do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), gerenciado pelo Inca e terceiro maior banco de doadores do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha.
A pesquisa apontou ainda que a região Sudeste é seguida na lista de doadores pelo Sul, com 25%, e pelo Nordeste, com14%. No Centro-Oeste, o total é de 8% e no Norte estão 5% dos cadastrados do país. Apesar de o Sudeste estar em primeiro lugar, a tendência é que a concentração de doadores na região se estabilize. Há cinco anos, 57% dos doadores cadastrados estavam nos quatro estados do Sudeste – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo -, segundo o instituto.
Neste mês um novo sistema de cadastramento no Redome está sendo implantado em todo o Brasil. O sistema vai utilizar a tecnologia web e será gerenciado pelos hemocentros e laboratórios de histocompatibilidade (responsáveis pelos exames de compatibilidade). O número de identificação do doador será único, indicado logo no início do cadastro. O sistema vai evitar que haja duplicidade de entrada de doadores e será possível atualização do cadastro pelos profissionais dos hemocentros.
Doação – Para se cadastrar no Redome, o doador precisa ter entre 18 e 55 anos e boa saúde, preencher um formulário em algum dos hemocentros estaduais e se submeter à coleta de uma amostra de sangue. Quando há compatibilidade, a doação é feita por um procedimento cirúrgico para a retirada da medula do interior do osso da bacia, por meio de punções. A medula se recompõe 15 dias após o procedimento.