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Mortalidade de câncer do colo do útero tem leve queda no Brasil

Entre 2002 e 2012, o número de mortes por 100 000 mulheres diminuiu 6,34%. Em números absolutos, entretanto, os dados aumentaram, devido ao crescimento populacional do período

Por Patricia Orlando
25 nov 2014, 08h37

A mortalidade por câncer do colo do útero diminuiu 6,34% entre 2002 e 2012 no país, de acordo com informações do Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que será divulgada nesta semana. Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), em 2002 a relação era de 5,04 mortes para cada 100 000 mulheres. Em 2012, foram registradas 4,72 mortes para cada 100 000 mulheres.

Entretanto, os números absolutos mostram que, em 2012, morreram 5 264 mulheres por causa da enfermidade, enquanto em 2002 este número foi de 4 091 – o que representa um aumento de 28,6%. Segundo o oncologista Glauco Baiocchi Neto, diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do hospital A.C. Camargo, em São Paulo, o crescimento em números absolutos se deve ao aumento da população feminina no mesmo período.

“O diagnóstico de câncer ainda é pouco expressivo no Brasil. Além disso, a diminuição na mortalidade foi pequena. Há ainda um problema de falta de informação, acesso ao exame papanicolau e ao tratamento”, explica Baiocchi Neto.

O levantamento realizado pela pasta aponta que o câncer do colo de útero é o terceiro tumor que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões.

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HPV – O ministro da saúde, Arthur Chioro, acredita que com a vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), principal causa de ocorrência do câncer do colo de útero, o Brasil pode reverter o quadro de mortes decorrentes do câncer do colo de útero. A imunização é oferecida pelo SUS para meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.

A pasta divulgou que até o dia 21 deste mês 2,4 milhões de meninas tomaram a segunda dose da vacina. O número representa menos da metade do público-alvo da vacinação, que é de 4,9 milhões de garotas. Aquelas que ainda não receberam a segunda dose podem tomá-la num dos 35 000 postos do SUS. “Só a primeira dose não garante a proteção, é importante que os pais ou responsáveis levem suas filhas para tomar a segunda dose da vacina”, diz Chioro.

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No período da primeira dose da imunização, que começou em março deste ano, 97,7% do público-alvo foi protegido relativamente – já que a segunda dose, aplicada seis meses depois, é essencial para garantir a proteção contra o HPV. Além disso, as meninas precisam retornar aos postos de saúde cinco anos depois para receber uma reforço, garantindo a proteção por mais tempo.

A vacina contra o HPV previne a transmissão do vírus causador do câncer do colo do útero, contraído por relações sexuais, contato direto com peles ou mucosas infectadas e no momento do parto. Segundo o Ministério da Saúde, ela gera proteção de 98% contra quatro subtipos da doença, sendo que dois deles são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV.

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