Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Melhor remédio para memória é manter aprendizado ativo

Novos conhecimentos fortalecem as conexões cerebrais e fixam as lembranças

Por Da Redação
10 dez 2010, 11h37

“Trechos inteiros do cérebro se conectam quando você explora ativamente o mundo”

Neal Cohen, pesquisador

O segredo para uma boa memória está no empenho da pessoa em manter um aprendizado sempre ativo. Segundo um estudo publicado na revista Nature Neuroscience, as conexões cerebrais ficam mais fortes e as lembranças se fixam melhor à medida que se adquire mais conhecimento na prática.

“Ter o controle da situação de aprendizado é um fator muito poderoso para a memória e nós começamos a entender por quê”, salienta Neal Cohen, psicólogo da Universidade de Illinois e coordenador do estudo. “Trechos inteiros do cérebro se conectam quando você explora ativamente o mundo.” Há décadas já se sabe que o hipocampo, localizado na região do cérebro próxima aos ouvidos, desempenha um papel importante na memória. Mas ele não faz esse trabalho sozinho. Grandes conexões neurais o ligam a outras partes da mente, transmitindo as mensagens.

Para descobrir como funcionavam as conexões cerebrais no aprendizado passivo e ativo, voluntários foram submetidos a uma experiência. Foi dado a cada um deles um monitor com objetos dispostos na tela. Pequenas janelas que abriam e fechavam revelavam a localização de cada um. A um primeiro grupo foi dito que eles poderiam estudar as janelas e os objetos como quisessem, abrindo-as e fechando-as como achassem melhor. A um segundo grupo, foi mostrado o vídeo de um outro aluno, ativo, sendo submetido ao teste.

Continua após a publicidade

Conclusão – Quando os pesquisadores pediram para os voluntários mostrassem onde estavam os objetos memorizados, o grupo do aprendizado ativo acertou muito mais. Os pesquisadores também identificaram que seus cérebros estavam significaticamente mais ativos do que os dos colegas que haviam aprendido por intermédio do vídeo. Não só o hipocampo funcionava melhor, como outras partes do cérebro também estavam mais sincronizadas.

Mais tarde, os pesquisadores fizeram a mesma simulação com pacientes vítimas de amnésia devido a danos no hipocampo. Nenhum deles obteve vantagem do aprendizado ativo. “Esses dados sugerem que o hipocampo tem um papel não só na formação de novas memórias, mas também nos efeitos benéficos do controle sobre as que já existem”, escreveram os pesquisadores.

As novas descobertas desafiam ideias anteriores sobre o papel do hipocampo na aprendizagem, segundo Joel Voss, coautor do estudo. “É uma surpresa que outras regiões do cérebro – que são conhecidas pelo seu envolvimento no planejamento e na estratégia, por exemplo – não possam fazer muito a não ser que interajam com o hipocampo”, complementa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.