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Médicos brasileiros devem procurar pacientes que receberam prótese francesa

Mulheres com o implante da marca PIP serão avaliadas pelos cirurgiões, que decidirão qual conduta deverá ser adotada. Substituição não é obrigatória

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h34 - Publicado em 28 dez 2011, 17h35

Os médicos que utilizaram os implantes mamários fabricados pela empresa francesa Poly Implants Protheses (PIP) devem procurar suas pacientes e indicar uma avaliação do estado da prótese. Essa será a orientação do presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib, aos cirurgiões no dia de sua posse, em 2 de janeiro. “É preciso tranquilizar a população e explicar que não há motivo para pânico. As pacientes só precisam ser acompanhadas mais de perto”, diz.

De acordo com Aboudib, toda prótese de silicone tem um prazo de validade – em média, 10 anos. O indicado é que a paciente faça visitas periódicas a cada década para avaliar o estado do implante. No caso da prótese francesa, contudo, acredita-se que ela tenha mais chances de ruptura antes desse período que as outras – o que poderia causar inflamação nos tecidos do corpo. “Não há um estudo preciso sobre isso. Só sabemos que, nos casos de ruptura, havia uma chance maior de ocorrer com essas próteses do que com as outras”, explica Aboudib.

Por isso, segundo o cirurgião plástico, é importante que as pacientes sejam avaliadas. “Se não houver ruptura na prótese, não há necessidade de trocar. Só é preciso fazer um acompanhamento mais frequente, a cada dois anos”, afirma. O exame considerado padrão-ouro para a detecção da ruptura da prótese é a ressonância magnética.

Normalmente, quando fazem implante de silicone, as pacientes recebem do médico um documento com os dados da prótese: fabricante, referência e tipo. Com essa ‘garantia’, elas conseguem saber se utilizaram ou não a prótese. Além disso, o médico também tem esse controle.

Pânico – No dia 23 de dezembro, o governo francês recomendou a retirada “de forma preventiva” das próteses mamárias da marca PIP. A indicação causou reação no mundo inteiro e pânico nas mulheres que utilizaram o implante. “Foi um alarde desnecessário”, avalia Ronaldo Golcman, cirurgião plástico do Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo ele, suas pacientes nunca receberam a prótese francesa.

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Após a reação desproporcional ao risco, o ministro francês da Saúde, Xavier Bertrand, foi à televisão na terça-feira para tentar tranquilizar as mulheres. Ele disse que não há razões médicas para retirá-las imediatamente, apesar da adulteração do produto.

O medo também se espalhou em razão de uma possível relação da prótese com o surgimento de alguns tipos de câncer. As agências de vigilância sanitária ao redor do mundo, inclusive a francesa, reconheceram que não há provas de que os implantes aumentem os riscos de desenvolver a doença.

“A ruptura do implante pode causar uma reação inflamatória que não é grave. É preciso esclarecer que não é uma bomba-relógio. Muitas pacientes podem continuar pelo resto da vida com o implante sem problemas”, diz Aboudib.

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