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Fumo está relacionado com deterioração mental nos homens, diz estudo

Comprometimento também atinge ex-fumantes, mas a mesma relação não foi identificada entre as mulheres

Por Da Redação
7 fev 2012, 09h08

Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Impact of Smoking on Cognitive Decline in Early Old Age

Onde foi divulgada: revista Archives of General Psychiatry

Quem fez: Séverine Sabia, Alexis Elbaz, Aline Dugravot, Jenny Head, Martin Shipley, Gareth Hagger-Johnson, Mika Kivimaki e Archana Singh-Manoux

Instituição: University College de Londres, Inglaterra

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Dados de amostragem: 5.099 homens e 2.137 mulheres com idade média de 56 anos

Resultado: Homens fumantes têm maior comprometimento cognitivo do que aqueles que não fumam. Ex-fumantes também apresentam o problema por até 10 anos após pararem de fumar. A mesma relação não foi feita entre mulheres

A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo resultam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais.

O estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.

Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes neste período e os submeteram a uma série de provas cognitivas. Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes. “Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimado devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes”, destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, da University College de Londres.

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Os homens que pararam de fumar nos primeiros 10 anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração. “Este estudo comprova que fumar é nocivo para o cérebro”, afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo.

“Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a 10 anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva”, acrescentou. “As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções”, afirmaram os autores do estudo.

O porquê de as mulheres não mostrarem a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes.

(Com agência France-Presse)

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