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EUA autorizam novo teste com células-tronco para cegueira

Tratamento será aplicado em 12 pacientes com a forma progressiva da doença

Por Da Redação
22 nov 2010, 11h54

“O começo deste teste clínico marca uma etapa importante para desenvolver terapias derivadas de células-tronco embrionárias destinadas a vastos mercados”

William Caldwell, presidente da ACT

Os Estados Unidos autorizaram nesta segunda-feira a realização de testes clínicos com células-tronco embrionárias para tratar pacientes que sofrem de um tipo de cegueira hereditária, irreversível e progressiva, que ainda não tem cura. Essa é a segunda permissão do tipo concedida pelo país, mas a primeira relacionada a problemas de visão. O primeiro caso, cujos testes tiveram início em outubro passado, tratava de lesões medulares.

A autorização concedida à empresa Advanced Cell Technology (ACT), de Massachusetts, permitirá dar início a um teste clínico com 12 pacientes de pelo menos 18 anos acometidos pelo Mal de Stargardt – doença adquirida ainda na infância, vinculada a uma degeneração da parte central da retina. A distrofia, atribuída em grande parte à alteração de um único gene, afeta cerca de 25.000 pessoas nos Estados Unidos, principalmente entre 7 e 20 anos, e é uma das formas de cegueira juvenil mais frequente no mundo.

“Atualmente, não existe qualquer tratamento”, destaca Robert Lanza, chefe científico da empresa. “Com as células-tronco embrionárias, podemos gerar virtualmente uma quantidade ilimitada de células do epitélio pigmentário da retina, as primeiras que morrem com o Mal de Stargardt e outras formas de degeneração macular”, explicou. A degeneração macular entre os idosos é uma das principais causas de cegueira, com mais de 30 milhões de casos no mundo.

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Experiência – As células do epitélio – que fazem a recepção da luz no olho e são fundamentais para a visão – derivadas de células embrionárias humanas permitiram uma restauração completa da vista em ratos sem efeitos secundários, informou a empresa. “Não observamos nenhum tumor cancerígeno ou outro efeito perverso”, declarou Lanza.

“O começo deste teste clínico marca uma etapa importante para desenvolver terapias derivadas de células-tronco embrionárias destinadas a vastos mercados”, enfatizou William Caldwell, presidente da ACT. “As terapias resultantes desses testes abrem caminho para verdadeiros tratamentos que mudarão a via de milhões de pessoas e vão revolucionar a comunidade médica”, completou, estimando um mercado potencial de 25 a 30 bilhões de dólares.

As células-tronco são as únicas células que têm capacidade de se multiplicar de forma ilimitada e de se transformar em qualquer célula do corpo, com um enorme potencial para tratar muitas doenças ainda sem cura. O maior desafio é conseguir que as células “se diferenciem” sem o perigo de se transformarem em células indesejadas, como os tumores cancerígenos. Mas pesquisas deste tipo são um tema controverso por serem tiradas do embrião humano na primeira fase de seu desenvolvimento, o que conduz a sua destruição. Grupos religiosos e legisladores conservadores se opõem a isso.

(Com agência France-Presse)

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