EUA: 14.000 pessoas correm risco de contrair meningite

Essas pessoas receberam injeções de esteroides contaminados e podem contrair a doença

Por Da Redação
12 out 2012, 12h26

Meningite: inflamação nas membranas protetoras do cérebro causa dor de cabeça intensa e rigidez no pescoço (Thinkstock/VEJA/VEJA)

Autoridades sanitárias norte-americanas disseram nesta quinta-feira que 14.000 pessoas, 1.000 a mais do que o estimado anteriormente, podem ter recebido injeções de esteroides contaminados e correm o risco de contrair meningite em um surto sem precedentes da doença. De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, o número de pessoas ameaçadas foi revisado após consultas com autoridades da área de saúde.

O surto de meningite fúngica foi provocado por injeções de um tipo de esteroide usado como analgésico, geralmente para tratar dores nas costas. E epidemia, que já atingiu 11 estados americanos, tem 169 casos confirmados e deixou 14 mortos, segundo o boletim do CDC. O órgão recomenda que os pacientes que receberam as injeções fiquem atentos aos sintomas da meningite por vários meses.

A dispersão da doença fez com que autoridades da área de saúde nos Estados Unidos se preocupassem com a regulamentação de empresas farmacêuticas como a New England Compounding Center Inc, instalada em Massachussetts e responsável pela fabricação do medicamento que causou a doença.

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Alerta – A empresa, segundo as autoridades americanas, parece ter violado a sua licença ao produzir grandes quantidades de medicamentos. Ela vendeu 17.676 frascos do esteroide acetato de metilprednisolona para 76 instalações, distribuídas em 23 estados norte-americanos. De acordo com dados do Departamento de Saúde de Massachusetts, as vendas foram realizadas entre os meses de julho e setembro. As autoridades acreditam que o medicamento possa ter sido injetado em milhares de pacientes.

Doença – A meningite é uma infecção das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Os pacientes afetados na epidemia dos Estados Unidos apresentaram sintomas da doença de uma a quatro semanas depois de tomar as injeções do analgésico.