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Depois de ser atropelada, musa da internet cria site para estimular doação de sangue

Ações nas redes sociais tentam ajudar a diminuir o problema da falta de doadores de sangue no Brasil

Por Vivian Carrer Elias
25 nov 2011, 07h38

No Brasil, doam-se o equivalente a 3,5 milhões de bolsas de sangue por ano – 1,9% da população é doadora. Embora esse número esteja dentro do parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 1% e 3% da população, na prática é pouco. Segundo o Ministério da Saúde, seriam necessárias pelo menos 5,7 milhões de bolsas para que não faltasse sangue para transfusões no país.

Como doar

QUEM PODE DOAR

Pessoas com mais de 50 quilos, com idade entre 18 e 67 anos (quem tem 16 ou 17 anos pode doar sangue se apresentar autorização do responsável legal).

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QUEM NÃO PODE DOAR

Pessoas que tiveram hepatite após os 11 anos de idade; grávidas ou mulheres que estejam amamentando; pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos; pessoas com malária.

O QUE LEVAR

Documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação).

INTERVALO ENTRE DOAÇÕES

Para homens, 60 dias (até quatro doações por ano); para mulheres, 90 dias (até três doações por ano).

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Apesar do déficit de doações, é desnecessário dizer o importante papel que elas cumprem. Por isso, além das campanhas esporádicas recrutando doadores, as redes sociais vêm sendo cada vez mais usadas para arrebanhar gente disposta a ajudar.

Um dos exemplos mais bem-sucedidos é o site Vai, doa!, criado pela publicitária Ana Carolina Rocha, 23 anos.

Atropelada por um ônibus no último dia 10 de agosto, em São Paulo. Carol, como é conhecida, sofreu oito fraturas. Uma hemorragia na bacia fez com que perdesse quatro litros de sangue. Quando chegou ao Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), precisou ser operada com urgência. Recebeu dez bolsas de sangue (cada uma vem de um doador e tem 490ml de sangue). Se não houvesse sangue disponível no banco do hospital, Carol provavelmente teria morrido.

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Como é comum neste tipo de situação, o hospital pede que o sangue seja reposto com novas doações de familiares e conhecidos do paciente. Ainda sem poder se movimentar por causa do acidente, a solução encontrada por Carol foi gravar um vídeo, ainda internada, pedindo ajuda.

Com 18 mil seguidores no Twitter, um blog bastante acessado, e dona do título informal de musa da internet (Carol já posou para a revista Trip, como musa do lingerie day, dia em que as garotas postam fotos em trajes mínimos no Twitter), não foi difícil espalhar o apelo – até hoje, o vídeo já foi assistido mais de 21.000 vezes. O resultado foi imediato. No dia seguinte à publicação do pedido, cerca de 50 pessoas compareceram ao hospital para doar sangue.

Durante os 45 dias que ficou internada e os outros 35 que permaneceu em casa sem poder andar, usando uma ferramenta simples de criação de blogs, Carol criou o site, que incentiva as pessoas a doar sangue, seja em que hospital for, e enviar fotos desse momento. Ao todo, 65 pessoas já enviaram imagens.

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Maria Carolina Rocha
Maria Carolina Rocha (VEJA)

A campanha ainda conta com uma conta no Twitter e outra no Facebook, onde pedidos de doações de outras pessoas de todo o Brasil são divulgados. “Até então, eu nunca havia pensado sobre a doação de sangue, mas, depois que fui salva por dez pessoas que, um dia, resolveram ir a um hospital e colaborar, eu entendi que isso deveria ser mais divulgado”, diz Carol.

O Vai, doa! conseguiu não só repor as dez bolsas de sangue para a publicitária e preencher o banco de sangue do HSPM, como incentivou várias pessoas a realizarem doações em diversos estados brasileiros. Além das fotos de pessoas que vão doar sangue, ela recebe as mais diversas respostas positivas provocadas pela sua campanha. “A internet tem o poder de influenciar mais, pois as pessoas passam a fazer parte daquilo, se sentem importantes e úteis”, afirma.

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Facebook – No embalo do Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que é celebrado nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde lançou um banco virtual de doadores no Facebook. No aplicativo, é possível cadastrar informações pessoais, como a cidade onde vive e o tipo sanguíneo. O doador virtual não precisa doar sangue imediatamente, mas se coloca a disposição de fazê-lo quando preciso.

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