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Debate sobre vacinação obrigatória se acirra nos EUA

Republicanos contestam vacinação compulsória e especialistas e democratas reagem. Surto de sarampo já contaminou 102 pessoas em catorze Estados

Por Da Redação
3 fev 2015, 17h49

Médicos e políticos americanos reagiram nesta terça-feira aos comentários de dois líderes do Partido Republicano que questionaram a obrigatoriedade da vacinação no país. O debate sobre o assunto está acirrado desde que, em janeiro, um surto de sarampo iniciado em um parque da Disneylândia, na Califórnia, espalhou-se para outros treze Estados americanos. Ao todo, 102 pessoas foram diagnosticadas com o vírus no mês passado. O surto é reflexo do chamado movimento antivacinação, crescente em algumas nações desenvolvidas.

Na segunda-feira, Chris Christie, governador de Nova Jersey e potencial candidato do Partido Republicano à presidência, afirmou que o governo americano precisa encontrar “equilíbrio” entre os interesses de saúde pública e a escolha dos pais [de não vacinar seus filhos].

No mesmo dia, o senador republicano Rand Paul, de Kentucky, oftalmologista e também postulante à candidatura de presidente, declarou que a vacinação deve ser voluntária. Ele citou “muitos casos trágicos de crianças normais que caminhavam e andavam e desenvolveram desordens mentais profundas após a vacinação”. E continuou: “Os pais são os donos dos filhos, não o Estado. É uma questão de liberdade e saúde pública”.

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Médicos também criticaram os republicanos. “Quando você vê pessoas educadas ou políticos eleitos dando crédito a coisas que foram completamente desmascaradas, uma ideia que é responsável por vários surtos de sarampo e coqueluche nos últimos anos, é muito preocupante”, afirmou ao jornal Washington Post o infectologista Amesh Adalja, do Centro de Segurança de Saúde da Universidade de Pittsburgh.

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Uma pesquisa feita pela rede social Sermo com mais de 3.000 médicos americanos, divulgada na segunda-feira, revelou que, para 92% dos profissionais, a culpa do atual surto de sarampo é dos pais que não vacinam seus filhos. Alguns pediatras nos Estados Unidos, inclusive, já não aceitam pacientes que não tenham sido vacinados.

Brasil – O Brasil também enfrenta um surto de sarampo concentrado no Ceará. Ano passado, 712 casos foram registrados no país, sendo 681 apenas no Estado nordestino. O problema prossegue. Um boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde estadual em 30 de janeiro informa que treze novos casos foram confirmados em 2015. Antes de dezembro de 2013, o Ceará estava havia quinze anos sem registrar casos de sarampo.

(Da redação de VEJA.com)

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