Cinco maneiras de evitar gripes e resfriados no inverno
Incidência das duas doenças cresce de 5 a 7% nos meses mais frios do ano
Durante os meses de inverno, a incidência de gripe e resfriado aumenta de 5 a 7%, segundo o Departamento de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia. O crescimento se deve, principalmente, ao fato de que as pessoas se aglomeram em lugares fechados e sem ventilação para fugir do frio. “Os agentes transmissores permanecem no ambiente porque não se dissipam no ar, levados pelo vento”, diz Fernando Gatti de Menezes, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Ao contrário da crença popular, o choque térmico e o frio não são capazes de desencadear resfriado ou gripe. O resfriado é causado por mais de 200 tipos de vírus, dos quais o rinovírus e o coronavírus são os mais comuns. A gripe é provocada por apenas um vírus, o influenza, que possui variações.
Além do agente infeccioso, as duas doenças se diferenciam pela intensidade dos sintomas e sua duração. O resfriado dura, no máximo, uma semana e manifesta três sinais: coriza, mal-estar e espirro. A gripe, por sua vez, demora de uma a duas semanas para passar e, em acréscimo aos sintomas do resfriado, causa febre acima de 38 graus Celsius, tosse e dores no corpo. A disparidade se deve à ação do influenza, que cai na corrente sanguínea e compromete o pulmão e os músculos, enquanto os vírus causadores do resfriado circulam apenas nas vias aéreas do paciente.
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Dez maneiras de evitar a alergia respiratória
O tratamento da gripe e do resfriado é focado na medicação dos sintomas. “As duas doenças são combatidas pelo organismo de forma eficiente”, afirma o clínico geral Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Analgésicos, como a dipirona, e antitérmicos são recomendados apenas na presença de fortes dores musculares e de febre acima de 38 graus Celsius.
Fontes: Jean Carlo Gorinchteyn, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Fernando Gatti de Menezes, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo; e Paulo Olzon, clínico geral e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).