Casos de câncer de mama crescem em países pobres
A África subsaariana detém 22% dos casos de câncer cervical no mundo; outros países viram a taxa de câncer de mama crescer 7,5% ao ano
O número de casos de morte por câncer de mama e cervical está aumentando na maioria dos países do mundo, mas o quadro é ainda mais grave nos países subdesenvolvidos, onde as mulheres chegam a morrer ainda muito novas em decorrência de tumores. Os dados integram um relatório internacional do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), publicado no periódico médico The Lancet.
De acordo com o relatório, o número de casos de câncer de mama mais que dobrou no mundo em três décadas, de 641.000 casos em 1980 para 1,6 milhão em 2010 – um aumento que ultrapassa as taxas do crescimento populacional. No mesmo período, as mortes de mulheres por câncer de mama passaram de 250.000 para 425.000 por ano – dessas, 68.000 tinham entre 15 e 49 anos e moravam em países pobres. O crescimento menor sugere que os exames preventivos, mais comuns nos países desenvolvidos, como a mamografia, estão tendo um impacto positivo.
O número de casos de câncer cervical passou de 378.000 em 1980 para 454.000 em 2010. As taxas de mortalidade desse tipo de tumor estão decaindo, mas ele ainda mata cerca de 200.000 mulheres – das quais, 46.000 tem entre 15 e 49 anos e moram em países em desenvolvimento. De acordo com Rafael Lozano, membro da equipe de pesquisadores, os índices mais altos de casos desses dois tipos de câncer estão em países pobres localizados, principalmente, na África e na Ásia. Para os pesquisadores, o levantamento é um alerta para o estado de urgência em que se encontra a saúde pública nesses países.
Prevenção – Programas para a detecção precoce do câncer de mama e cervical estão em curso nos países ricos por muitas décadas. Diversos tratamento para o câncer de mama também estão disponíveis para as mulheres dos países desenvolvidos, são elas ainda que tem um maior acesso à vacina contra o HPV (ainda de custo elevado), usada para a prevenção do câncer cervical.
Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o câncer de mama:
Dr. Antonio Wolff
O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios – trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente.
Prevenção Quais são os sintomas do câncer de mama? O autoexame é eficaz?
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Há alguma mudança em hábitos de vida que previnem o câncer de mama?
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A mastectomia preventiva é válida como prevenção? Quais são os critérios que devem ser levados em conta antes de se submeter a uma cirurgia do tipo?
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É verdade que alguns hormônios podem estimular o crescimento de tumores? Quais são as consequências disso para o cotidiano das mulheres, que deixam de fazer reposição hormonal?
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Qual a necessidade de fazer mamografia? Porque ainda não inventaram um método melhor, menos doloroso?
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Tratamento O citrato de tamoxifeno é um remédio ainda utilizado nos EUA?
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É verdade que a radioterapia pode não ajudar em nada – e até prejudicar?
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Por que medicamentos iguais não funcionam da mesma forma para todas as pessoas?
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Qual o risco do câncer voltar mais forte e em outros lugares do corpo após o término do tratamento?
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Existem medicamentos para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia?
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Perguntas gerais Por que o câncer de mama é menos frequente nos homens?
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Há registros de doentes que se curaram por completo após uma metástase e é possível uma sobrevida acima de cinco anos?
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É possível participar das pesquisas conduzidas na Universidade Johns Hopkins?
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Quais as probabilidades dos filhos de uma pessoa com câncer também desenvolverem a doença? E o que fazer para evitar?
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Quais as chances de ter uma vida normal após o câncer?
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