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Campinas amplia busca por crianças infectadas em maternidade

Nas próximas semanas, bebês nascidos entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2011, na ala 3 do Hospital Madre Theodora, serão examinados

Por Da Redação
1 mar 2013, 20h08

A Secretaria de Saúde de Campinas afirmou nesta sexta-feira que crianças nascidas entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2011, na ala 3 da maternidade do Hospital Madre Theodora, em Campinas, farão exames para detecção de tuberculose. De acordo com a Vigilância Sanitária da cidade, 107 bebês, nascidos entre janeiro e junho de 2012 na ala, foram contaminados com o bacilo da tuberculose. As investigações foram estendidas depois que dois bebês, um nascido em dezembro de 2011 e outro no dia 2 de janeiro de 2012, foram diagnosticados com a doença.

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TUBERCULOSE

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a doença provoca infecção no pulmão, embora possa afetar outros órgãos. É transmitida via aérea e na maioria dos casos – 90 a 95% – permanece latente no organismo. Nos 5 a 10% de pessoas que têm a doença ativa, a bactéria multiplica-se e deixa o paciente doente, causando dificuldade respiratória, tosse, dor no peito e acúmulo de líquido entre o pulmão e o tórax, entre outros sintomas.

As crianças foram contaminadas por uma assistente de enfermagem que estava doente, e foi diagnosticada apenas em agosto de 2012. Segundo Maria Alice Satto, coordenadora do Programa de Controle de Tuberculose do Município de Campinas, a funcionária era fumante, o que mascarou seu diagnóstico. “Fumantes normalmente já tossem muito. Eu diria que, no caso dela, houve uma desvalorização dos sintomas pelo hospital”, diz.

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Contaminação – A investigação começou depois que duas crianças nascidas na maternidade do hospital foram diagnosticadas com tuberculose em abril e em agosto de 2012. Como a profissional havia sido diagnosticada em agosto – estava de férias desde 30 de junho -, todos os funcionários do Madre Theodora passaram por exames clínicos e radiológicos. Em seguida, a Vigilância Sanitária analisou 1.054 bebês nascidos na ala 3, entre janeiro e junho de 2012. Desses, descobriu-se que 17 desenvolveram a doença e outros 90 têm infecção latente (foram infectados, mas não desenvolveram a doença).

Agora, com a nova fase de investigações, outras 282 crianças serão examinadas a partir da próxima semana. A Vigilância não estabeleceu prazo para a avaliação final, já que a análise dessas crianças leva em conta diversas variáveis. “Se um bebê estiver doente, com febre por exemplo, essa condição terá que ser tratada antes de se procurar pela tuberculose”, diz Maria Alice.

Outros casos – De acordo com a Vigilância, outras duas crianças nascidas no hospital em julho e agosto de 2011 também foram diagnosticadas com tuberculose. O vínculo epidemiológico com a assistente de enfermagem, no entanto, é pouco provável. Mas como medida adicional de segurança, todas as quase 600 crianças nascidas entre julho e outubro de 2011 serão contatadas por telefone. Será feita uma triagem por pediatras para verificar se há indícios da doença. “O risco maior da criança adoecer é de, em média, dois anos após a exposição. No caso do Hospital Madre Theodora essa média tem sido de quatro meses. Consideramos que seja pouco provável a relação entre esses casos”, diz Maria Alice.

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