Acidente de trabalho mata 38 por mês no estado de São Paulo

Principais ocorrências fatais estão relacionadas a acidentes de trânsito, quedas de edifícios e exposição à corrente elétrica

Por Da Redação
9 Maio 2012, 19h07

Quedas e exposição à corrente elétrica estão entre as principais causas de acidentes de trabalho (ThinkStock/VEJA/VEJA)

Acidentes de trabalho matam 38 pessoas todos os meses no estado de São Paulo, de acordo com um levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde e divulgado nesta quarta-feira. Segundo os dados, eventos graves ou fatais que acometem jovens menores do que 18 anos são os principais acidentes entre trabalhadores, correspondendo a 48% de todas as notificações, seguidos de intoxicações por causas externas (25,5%) e acidentes provocados por material biológico (20,1%). Esses resultados são da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual e foram baseados nas ocorrências relatadas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

O levantamento ainda apontou para outros tipos comuns de acidentes de trabalho, como cânceres associados à profissão, transtorno mental e perda auditiva induzida por ruído. No entanto, as ocorrências mais frequentes que levam o trabalhador à morte são outras. Entre as principais, a pesquisa aponta acidentes de trânsito, quedas de edifícios, exposição à corrente elétrica e impacto provocado por objetos lançados, projetados ou em queda.

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Sexo masculino é mais atingido – Segundo a Secretaria, em 2011, foram notificados 55.400 acidentes de trabalho, sendo que 464, ou 0,83%, foram fatais. Ainda de acordo com o levantamento, de todas as mortes no estado causadas por acidentes de trabalho desde 2006, 1.274 ocorreram entre pessoas com idades de 20 a 49 anos. Desses indivíduos, a maioria – 1.649, ou 94% – eram homens.

“Os acidentes de trabalho podem ser evitados se houver controle dos ambientes e das condições oferecidas ao trabalhador. Por isso, a investigação dos acidentes tem como princípio prevenir que outros, iguais ou semelhantes, se repitam”, diz Simone Alves dos Santos, diretora Técnica da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual.