O prefeito de Roma, Ignazio Marino, envolvido em um escândalo de gastos, desistiu da renúncia anunciada há três semanas sob pressão do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. A decisão causou tumulto em seu Partido Democrático (PD), mesma legenda do premiê da Itália.
Marino continua sem o apoio de Renzi, e sua decisão de permanecer no cargo abre um conflito potencialmente prejudicial para o primeiro-ministro. Em vez de se curvar à pressão do premiê, Marino disse que vai defender o seu posto na prefeitura e desafiar os vereadores de seu partido a votar pela saída dele. Ele disse a jornalistas italianos que quer “uma discussão aberta, franca e transparente”.
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Marino, que tem perdido popularidade desde que foi eleito em 2013, negou qualquer irregularidade quando anunciou sua renúncia em 8 de outubro, sob a acusação de usar dinheiro da cidade para comer e beber com sua família e amigos no que se tornou conhecido como “jantar-gate”.
Ele nunca deixou formalmente o cargo e em sua carta de renúncia original, ele disse que poderia reverter sua decisão se sentisse que o clima político havia mudado. Renzi se distanciou abertamente de Marino, dizendo que ele “perdeu a confiança dos romanos”.
(Com Reuters)