Tailândia pede ajuda da Interpol para capturar autor de atentado

Ataque a bomba no centro de Bangcoc deixou vinte mortos; polícia teme que o principal suspeito possa ter deixado o país

Por Da Redação
20 ago 2015, 03h18

Especialistas investigam o local da explosão do santuário hindu de Erawan no centro de Bangcoc, na Tailândia - 18/08/2015 (Athit Perawongmetha/Reuters)

A Tailândia vai pedir ajuda da Interpol, a polícia internacional, para encontrar o principal suspeito do atentado que deixou vinte mortos e 123 feridos em Bangcoc na segunda-feira. O homem aparece em imagens de câmeras de segurança entrando no santuário que foi alvo do ataque com uma mochila e saindo sem ela pouco antes da explosão.

Inicialmente relutante em pedir auxílio internacional, a junta militar que comanda a Tailândia resolver ceder por suspeitar que o autor do atentado seja estrangeiro e que pode já ter saído do país. “Enviamos um pedido por auxílio”, admitiu a porta-voz da polícia Kissana Phathancharoen à agência Reuters.

Tailândia revela imagens do suspeito de atentado

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Uma ordem do tribunal penal de Bancoc acusa o suspeito de conspirar para cometer “um assassinato premeditado”, de “associação com terroristas” e “participação na confecção de uma bomba”. O retrato falado mostra um suspeito jovem, magro, com barba rala, cabelo escuro e óculos de armação preta.

A explosão provocada por uma bomba caseira atingiu um altar religioso no centro de Bangcoc, local muito frequentado por turistas. Entre os mortos, treze eram estrangeiros. O ataque ainda não foi reivindicado, mas as autoridades suspeitam das facções políticas rivais no reino, que é governado pela junta militar há 15 meses. O governo acredita que o alvo eram os estrangeiros e que os autores pretendiam “prejudicar o turismo”, um dos poucos setores da economia tailandesa com bons resultados.

Investigação – Nesta quinta-feira, a Tailândia divulgou as primeiras conclusões da investigação sobre o atentado. Para as autoridades, é “improvável” que o ataque tenha sido realizado por alguma organização terroristas internacional. Os investigadores também acreditam que o homem que colocou a bomba não agiu sozinho e que pelo menos dez pessoas são suspeitas de participação no atentado.

(Com agência France-Presse)