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Sonyleaks: EUA impõem novas sanções à Coreia do Norte

Medidas são primeira resposta concreta da Casa Branca ao ciberataque de hackers ao estúdio, que foi motivado pelo filme 'A Entrevista', segundo o FBI

Por Da Redação
2 jan 2015, 18h19

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou nesta sexta-feira a aplicação de novas sanções contra a Coreia do Norte como “primeiro aspecto” da resposta americana ao ciberataque contra os estúdios Sony, atribuído pelo FBI ao regime comunista – que já enfrenta restrições econômicas americanas por causa de seu programa nuclear. As sanções impedem os envolvidos de fazer negócios e movimentar recursos depositados nos EUA, além de viajar ao país. Os alvos são três entidades norte-coreanas, incluindo uma agência de inteligência do governo, e dez pessoas que trabalham para empresas e o governo norte-coreano, informou o Departamento do Tesouro.

“Essa ordem não está dirigida ao povo da Coreia do Norte, mas ao governo da Coreia do Norte e a suas atividades que ameaçam os Estados Unidos e a outros”, disse Obama em carta enviada aos líderes da Câmara dos Deputados e do Senado dos EUA. O ciberataque ocorreu no fim de novembro e o caso ficou conhecido como Sonyleaks, por causa do vazamento de material da Sony pelos hackers. Além de filmes inéditos, foram divulgados o roteiro do novo longa da franquia 007, Spectre, e trocas de e-mails constrangedores entre executivos do estúdio.

Obama prometeu no mês passado que o país daria uma resposta “proporcional” ao ataque sofrido pela Sony, que a Casa Branca acredita ter sido uma resposta ao filme A Entrevista, comédia da Sony sobre um complô americano para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un que satiriza o governante.

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O presidente americano assinou uma ordem executiva que permite impor mais sanções à Coreia do Norte devido à atitude “provocativa, desestabilizadora e repressiva” da Coreia do Norte e em particular seu “ciberataque destrutivo e coercitivo” à Sony, indicou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. O ataque

Alvos – As três entidades sancionadas pelo Departamento do Tesouro são o Escritório Geral de Reconhecimento (RGB, na sigla em inglês), a Corporação de Comércio para o Desenvolvimento de Minas (Komid) e a Corporação de Comércio Tangun da Coreia do Norte. O RGB é a principal organização de inteligência da Coreia do Norte e canaliza muitas das operações cibernéticas do país, além de estar envolvida em uma série de atividades para incluir comércio de armas convencionais proibidas por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, segundo o Tesouro americano.

Por sua vez, a Komid é considerada a principal comerciante de armas e exportadora de bens e serviços relacionados com mísseis balísticos e armas convencionais do país, enquanto a Corporação Tangun proporciona, segundo o governo americano, matérias-primas e tecnologias para apoiar a pesquisa de defesa da Coreia do Norte, informou o Departamento do Tesouro.

Além disso, o governo americano sancionou dez funcionários do governo norte-coreano que terão congelados o patrimônio que possam ter sob jurisdição dos EUA e serão proibidos de entrar em territórios do país. Os sancionados são o funcionário norte-coreano Yu Kwang-Ho; os encarregados dos interesses da Komid no sul da África, Kil Jong-Hun e Kim Kwang-Yon; o representante dessa entidade na Rússia, Jang Song-Chol; e dois encarregados dessa empresa no Irã, Kim Yong-Chol e Jang Yong-Son.

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Também foram sancionados o funcionário para Assuntos Externos da Komid, Kim Kyu-is; dois representantes da Komid na Síria, Ryu Jin e Kang Ryong; e um representante em Shenyang (China) da Corporação de Comércio Tangun da Coreia, Kim Kwang-Chun, segundo o Tesouro.

(Com agência EFE)

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