Síria: regime e oposição concordam em se encontrar
As duas partes ameaçaram abandonar as conversas nesta sexta, mas acabaram concordando com encontro no sábado, segundo enviado especial da ONU
Por Da Redação
24 jan 2014, 15h49
Depois de se reunir separadamente com representantes do regime sírio e da oposição, o emissário especial das Nações Unidas para a Síria, Lakhdar Brahimi, informou que as duas partes aceitaram se encontrar pessoalmente neste sábado, um dia depois do planejado originalmente. “Eu me reuni em separado com as delegações da oposição e do governo ontem e novamente hoje, e esperamos, chegamos a um acordo, de que amanhã nos reuniremos na mesma sala”, declarou Brahimi a jornalistas.
O encontro deveria ter sido realizado nesta sexta, terceiro dia da conferência de paz sobre a Síria, mas a oposição disse que não se reuniria com os representantes do regime a menos que houvesse concordância em se implantar um governo transitório no país, o que exigiria a saída do ditador Bashar Assad. A delegação síria rejeitou a demanda e ameaçou abandonar as negociações na Suíça se a reunião não fosse remarcada, reclamando da “falta de seriedade da outra parte” – uma crítica à Coalizão Nacional, grupo rebelde que tem o reconhecimento de potências ocidentais e participa das conversas.
Não ficou claro se no encontro deste sábado as duas partes conversarão diretamente ou somente com intermediação de Brahimi, que pediu ajuda a “todos os países que têm influência para fazer com que o processo avance”. “Sabíamos que ia ser difícil, complicado”, ressaltou. (Continue lendo o texto)
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Mesmo que o colapso das negociações tenha sido evitado, as expectativas por um acordo para frear a guerra civil no país são quase inexistentes. Mais uma semana de conversas está prevista, mas diplomatas que acompanham as reuniões – que começaram em Montreux e seguem em Genebra – não falam em progresso. “O objetivo é que a primeira rodada de conversações dure até a próxima sexta, mas as expectativas são tão baixas que vamos ver como as coisas se desenvolvem, dia a dia”, disse um diplomata ocidental. “A cada dia é dado um pequeno passo adiante”.
Brahimi indicou que o objetivo da conferência é tentar alcançar avanços localizados, como tréguas em determinadas regiões, libertação de prisioneiros e acesso para ajuda internacional, antes de embarcar em negociações políticas mais complicadas. No entanto, até mesmo essas metas menos ambiciosas enfrentam grandes obstáculos.
Entre as barreiras estão os grupos rebeldes islâmicos que controlam algumas áreas do país e estão boicotando as negociações. Esses grupos afirmam que qualquer um que participe da conferência sem tirar Assad do poder será considerado traidor.
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(Com agências Reuters e France-Presse)
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