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Sequestro de estudantes pelo Boko Haram completa 500 dias

Enquanto ativistas preparam uma passeata na capital da Nigéria, especialistas descartam a possibilidade de resgatar as meninas. 'Já não há esperanças', disse um analista

Por Da Redação
27 ago 2015, 12h14

A Nigéria lembra nesta quinta-feira 500 dias do sequestro das mais de 200 estudantes de Chibok pelo grupo terrorista Boko Haram, no momento em que diminuem as esperanças de resgatá-las, apesar dos avanços militares contra o grupo jihadista. Apesar da ampla campanha internacional mobilizada, que contou com o apoio de personalidades como Michelle Obama e Angelina Jolie, e dos esforços militares, o destino das meninas segue sem ser conhecido e teme-se que tenham sido vendidas como escravas.

Para o analista de segurança Fulan Nasrullah, especialista no grupo Boko Haram, “já não há esperança” de encontrar as meninas de Chibok. “A maioria teve filhos e foi obrigada a se casar com seus sequestradores. Muitas outras foram vendidas no mercado mundial do sexo e provavelmente estão sendo prostituídas no Sudão, Dubai ou Cairo”, disse o especialista. O analista disse que também é possível que outras das meninas sequestradas tenham morrido tentando escapar de seus captores ou que tenham perecido nos bombardeios aéreos que os militares lançam contra os acampamentos dos jihadistas.

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Nesta quinta, o movimento ‘Bring Back our Girls’ (tragam de volta nossas meninas) planeja organizar uma grande marcha em Abuja, capital federal da Nigéria, com o objetivo de lembrar os 500 dias desde o sequestro. Para os ativistas, ainda há esperanças. A porta-voz do grupo, Aisha Yesufu, lembrou que o novo presidente nigeriano, Muhamadu Buhari, deu sua palavra de que fará todo o possível para que as meninas sejam resgatadas e devolvidas aos seus pais, para que possam retornar à escola e seguir com suas vidas. “Esperamos que o novo governo faça o que precisa ser feito”, acrescentou.

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Os jihadistas invadiram no dia 14 de abril de 2014 a escola de Chibok, no Estado de Borno, e conseguiram sequestrar 276 meninas. Embora 57 das sequestradas tenham conseguido escapar, o destino das outras 219 continua sendo incerto. Um mês depois do rapto, o grupo publicou um vídeo no qual mostrava uma dezena delas vestidas de preto recitando o Corão.

Avanços – Há alguns meses, o Boko Haram foi repelido de vários territórios no nordeste da Nigéria nos quais havia se instalado desde o início de sua ofensiva, em 2009. O exército nigeriano, apoiado por contingentes de países vizinhos, especialmente do Chade e do Camarões, lançou desde o início de 2015 golpes significativos contra os jihadistas, deslocando-os dos núcleos urbanos. Centenas de pessoas que haviam sido sequestradas pelo Boko Haram foram libertadas nestas operações, sem que tenha sido possível resgatar as meninas até o momento.

(Da redação)

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