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Rússia e EUA anunciam esforço conjunto por investigação de massacre

Governo russo quer convencer Assad a cooperar com investigadores da ONU e EUA, rebeldes a liberarem acesso a local de ataque

Por Da Redação
23 ago 2013, 12h07

Os chefes da diplomacia de Rússia e Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira um esforço conjunto para convencer o governo sírio e os rebeldes a cooperarem com uma investigação da ONU sobre o massacre perpetrado contra civis na periferia de Damasco, na quarta-feira. Segundo grupos opositores, armas químicas foram utilizadas no ataque. A Rússia, como principal aliado do governo de Bashar Assad, comprometeu-se a pedir a permissão oficial para investigação do caso, enquanto os EUA, que apoiam a oposição síria, devem convencer os rebeldes a garantirem o acesso ao local.

A Rússia acusa os rebeldes de impedirem que os inspetores cheguem até a área, dominada por rebeldes, que foi cenário de um violento ataque na quarta-feira, apesar do anúncio de cooperação dos opositores. O governo sírio se pronunciou apenas para negar as acusações de autoria do ataque, sem dar permissão oficial para a investigação da ONU.

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Em uma conversa telefônica, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse ao Secretário americano de Estado John Kerry que, imediatamente depois da divulgação das notícias sobre o ataque, “Moscou pediu ao governo sírio que coopere com os especialistas químicos da ONU” que estão na Síria, segundo a chancelaria russa.

“Agora é a oposição que deve garantir um acesso seguro à missão no local do incidente”, que aconteceu em uma zona controla pelos rebeldes, diz o comunicado da chancelaria russa. O documento afirma ainda que Lavrov e Kerry querem uma “investigação objetiva” da ONU.

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Na quarta-feira, uma ofensiva em Guta e em Muadamiyat al-Sham (nos subúrbios de Damasco) provocou um número indeterminado de vítimas. A oposição denunciou 1 300 mortes e acusou o regime de ter cometido ataques com gases tóxicos.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de ativistas e médicos, contabilizou 170 mortes e não confirmou o uso de armas químicas. O regime negou categoricamente o uso de armas químicas.

Intervenção estrangeira – Já ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou nesta sexta-feira que Londres acredita que o ataque de quarta é de autoria do governo de Assad e ameaçou acionar o Conselho de Segurança para dar um passo à frente na situação.

“Acreditamos que este foi um ataque químico do regime de Assad, mas queremos que a Organização das Nações Unidas confirmem”, disse Hague. “Se isso não ocorrer nos próximos dias, porque o tempo é crucial nestes casos, as provas vão se deteriorar nos próximos dias, então nós estaremos prontos para acionar o Conselho de Segurança para obter um mandato mais poderoso”, completou

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A Rússia, por sua vez, considerou nesta sexta-feira “inaceitáveis” os pedidos na Europa de uma pressão sobre a ONU e a favor do uso da força contra o governo sírio. “Neste contexto de nova onda de propaganda contra a Síria, acreditamos que os pedidos de algumas capitais europeias de pressão sobre o Conselho de Segurança da ONU e até mesmo sobre o uso da força são inaceitáveis”, afirma um comunicado do ministério russo das Relações Exteriores.

Locais dos ataques com armas químicas na Síria

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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