Os fiéis da Igreja da Unificação lotaram o templo principal da seita, na Coreia do Sul, para o último adeus a Sun-Myung Moon – conhecido no Brasil como reverendo Moon -, cujo funeral e enterro aconteceram neste sábado, 15 dias após seu falecimento. Segundo os organizadores, cerca de 35.000 pessoas, entre membros da Igreja e representantes de quase 200 países, estiveram no Centro Mundial da Paz Cheong Shim (Mente Pura, em coreano), situado no condado de Gapyeong (60 quilômetros ao leste de Seul).
Após uma emotiva cerimônia, Moon foi enterrado perto do palácio-museu de Cheong Jeong, sobre uma colina. Antes, em um caixão vermelho de madeira ornamentado com caracteres chineses, chegava o corpo do reverendo ao templo, onde jovens uniformizados o depositaram sobre o altar, enfeitado com um grande retrato do próprio Moon em frente a um tapete vermelho que abria passagem entre milhares de flores.
A cerimônia transcorreu no salão de atos central – similar a um grande pavilhão esportivo – e foi comandada pela viúva de Moon, Han Hak-ja, e os dois de seus 15 filhos, que herdaram respectivamente a organização religiosa e o empório econômico internacional construídos pelo falecido.
O reverendo fundou, em 1954, a Igreja da Unificação e, uma vez consolidado o movimento, se proclamou “messias” da humanidade perante seus fiéis sob a premissa de que Deus lhe enviou à Terra para finalizar a obra que Jesus Cristo não pôde concluir. Defensor da unificação das Coreias, Moon alcançou uma grande influência política internacional e chegou a reunir-se com Mikhail Gorbachev e com Kim Il-Sung.
(Com EFE)