Rússia nega mudança de posição sobre a guerra na Síria
Vice-chanceler havia dito na quinta que rebeldes podem vencer forças de Assad
A Rússia informou oficialmente nesta sexta-feira que não mudou nem mudará sua posição sobre a Síria, depois de um oficial afirmar que os rebeldes têm chances de vencer as forças do ditador Bashar Assad. Enquanto isso, o Exército sírio bombardeava nesta sexta-feira vários bairros da zona sul de Damasco, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Leia também:
Leia também: Estados Unidos reconhecem a coalizão de oposição síria
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’
Um dia depois de um vice-ministro das Relações Exteriores ter considerado possível a vitória da oposição no conflito armado, a Rússia destacou sua postura oficial. “Nunca mudamos e não mudaremos nunca nossa posição”, disse Alexandre Lukachevich, porta-voz do ministério.
“Várias explosões foram ouvidas em Damasco em consequência dos bombardeios ao sul da capital”, afirma uma nota do OSDH. De acordo com a ONG, três civis morreram e muitos ficaram feridos em um bombardeio na cidade de Tasil, na província de Deraa (sul).
Na cidade de Aleppo (norte), um insurgente morreu em combates, assim como um civil em Homs. O OSDH calcula em pelo menos 42.000 o número de mortos desde o início da revolta popular, em março de 2011, contra o regime de Bashar Assad.
(Com agência France-Presse)