A companhia aérea russa Kogalymavia afirmou nesta segunda-feira que o acidente que matou 224 pessoas no Egito no último sábado foi provocado por “influência externa”. Um oficial da companhia, conhecida como Metrojet, descartou a possibilidade de falha mecânica ou erro humano. “O avião estava em excelente estado. A única explicação para sua destruição no ar é alguma ação técnica ou física na aeronave”, disse Alexander Smirnov, diretor da Metrojet. Ele informou que o avião perdeu velocidade e começou a cair rapidamente, e que não houve tentativa de contato da tripulação com a torre de comando.
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No domingo, depois de visitar o local da queda, um oficial da Aviação russa afirmou que o avião teria se partido em pleno voo. “A destruição aconteceu no ar e fragmentos se espalharam ao longo de uma grande área de cerca de 20 quilômetros quadrados”, disse o diretor do Comitê Intergovernamental de Aviação, Viktor Sorochenko, em entrevista a uma emissora russa de televisão.
Atraso no pagamento – O Serviço Federal de Trabalho da Rússia, Rostrud, informou nesta segunda-feira que a Metrojet devia dois meses de salários aos seus funcionários. Um porta-voz do Rostrud confirmou à agência Ria Novosti que o atraso foi descoberto na investigação iniciada após o acidente. Esta investigação também vai checar se as normas de segurança do trabalho estavam sendo respeitadas, dentre elas as condições de descanso e exames médicos e psicológicos dos pilotos.
Vsevolod Bukolov, que lidera esta investigação, assinalou que, “caso sejam encontradas irregularidades no cumprimento das normas trabalhistas, os culpados serão responsabilizados”. A conclusão sobre as causas do acidente com o Airbus A321 só serão conhecidas após a investigação das caixas-pretas, que já foram encontradas. Um porta-voz do Kremlin falou à rede britânica BBC que a hipótese de terrorismo não pode ser descartada. O avião da Metrojet levava turistas russos de um resort egípcio no Mar Vermelho a São Petersburgo.
(Da redação)