Putin admite que Rússia ajudou presidente deposto a fugir
Viktor Yanukovich está em território russo, mas responde a acusações na Ucrânia
Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h47 - Publicado em 24 out 2014, 16h49
O presidente russo Vladimir Putin admitiu nesta sexta-feira que Moscou ajudou o presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, a fugir do país após seu impeachment ser aprovado pelo Parlamento. Yanukovich, que é foragido da Justiça ucraniana, encontra-se atualmente em território russo, mas sua localização exata não é conhecida. “Eu vou dizer isso abertamente. Ele pediu para ser levado até a Rússia, e foi o que nós fizemos”, declarou Putin, durante um discurso na cidade de Sochi, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno realizados em fevereiro.
Esta foi a primeira vez que Putin falou abertamente sobre o envolvimento direto do Kremlin no caso. Aliada de Yanukovich, a Rússia se posicionou contra a deposição do presidente desde os primeiros protestos realizados pela população, em novembro do ano passado exatamente contra a postura do presidente de se aproximar de Moscou em detrimento de acordos com a Europa. Yanukovich é acusado de corrupção e de massacrar manifestantes.
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Eleições – O substituto de Yanukovich, Petro Poroshenko, foi eleito em maio. Neste domingo, a população ucraniana irá às urnas escolher os representantes do Parlamento. Kiev torce para que o pleito contribua para estabilizar a política do país. Entretanto, há o receio de que a Rússia interfira no processo. O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseny Yatseniuk, alertou sobre possíveis tentativas de desestabilizar a votação e determinou um reforço na segurança para prevenir a realização de “atos terroristas” no leste do país. (Continue lendo o texto)
Imperialismo – Em meio à tensão com o governo ucraniano, Putin, que anexou ilegalmente a península ucraniana da Crimeia em meio à crise no país vizinho, usou seu discurso para rebater acusações. “Não há fundamento nas alegações de que a Rússia está tentando criar algum tipo de império ou que está interferindo na soberania dos vizinhos.”
Ele também voltou a criticar os Estados Unidos, acusando Washington de desestabilizar politicamente outros países para impor seus interesses. EUA e a União Europeia estão impondo sanções contra a economia russa como forma de punição às violações no território ucraniano.
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