Polícia alemã prende suspeitos de planejarem atentado em Berlim
Dois dos suspeitos são argelinos que viviam em centros de refugiados na Alemanha. Um deles teria sido treinado pelo EI na Síria
A polícia alemã prendeu nesta quinta-feira, em Berlim e duas regiões do oeste do país, três pessoas – dois homens e uma mulher – suspeitas de terem ligação com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel, a polícia acredita que eles planejavam um atentado no Checkpoint Charlie, um antigo posto militar que dividia as partes Ocidental e Oriental da capital da Alemanha durante a Guerra Fria e hoje é uma das atrações turísticas mais visitadas de Berlim.
Os dois homens detidos são argelinos que viviam em centros de refugiados na Alemanha. “Os centros de refugiados onde os suspeitos viviam foram inspecionados”, indicou após a operação policial o porta-voz da polícia, Stefan Redlich, à emissora televisiva N24. A polícia ainda busca outros dois suspeitos, também argelinos.
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Um dos homens foi preso em um centro de Attendorn, na região da Renânia do Norte-Westfália. Ele era alvo de uma ordem de prisão das autoridades argelinas por ser próximo do grupo EI e por ter sido treinado na Síria. O segundo suspeito foi capturado em Berlim portando documentos falsos. Além disso, os agentes detiveram uma mulher no departamento da Renânia do Norte-Westfália, mas a polícia de Berlim não especificou o motivo da prisão. A “informação decisiva” para o início da busca que prendeu as três pessoas foi enviada por um “serviço de inteligência estrangeiro”, informou o Der Tagesspiegel.
A polícia suspeita que o mesmo grupo que idealizou os ataques de 13 de novembro em Paris, com 30 vítimas, está por trás do plano do atentado em Berlim. A polícia alemã segue buscando um suspeito na capital e outro em Hannover, centro do país, onde também houve revista em um albergue de refugiados. Em Berlim participaram da batida 450 agentes e foram revistadas quatro casas e dois locais de trabalho. Na operação foram confiscados computadores, documentos e telefones celulares.
(Da redação)