Pequim emite primeiro “alerta vermelho” de poluição atmosférica
Escolas foram fechadas, obras em áreas externas interrompidas e o tráfego de carros restrito
Por Da Redação
7 dez 2015, 14h03
A capital chinesa, Pequim, emitiu nesta segunda-feira o primeiro “alerta vermelho” de poluição atmosférica de sua história, e o governo informou que a cidade ficará envolta em uma névoa densa, que mistura neblina e fumaça, até quinta-feira. As escolas estão fechadas, obras em áreas externas foram interrompidas e o tráfego de carros está restrito na capital.
O alerta vermelho, o mais sério aviso em um sistema de quatro níveis, significa que a cidade está há mais de três dias consecutivos com poluição grave, de acordo com o Instituto de Pesquisa de Proteção Ambiental de Pequim, que emitiu o alerta para “proteger a saúde pública e reduzir os níveis de poluição do ar”. Há pouco mais de uma semana, a cidade teve de acionar o alerta de cor laranja quando visibilidade nas ruas foi reduzida pela neblina causada pelos poluentes.
O nível de poluição atingiu 300 microgramas de partículas sólidas por metro cúbico nesta segunda-feira e é esperado que aumente antes que o ar comece a melhorar com a chegada de uma frente fria na quinta-feira. A Organização Mundial de Saúde considera como segura a presença de 25 microgramas dessas partículas por metro cúbico. As partículas PM2,5, formadas por poeira, sujeira, fuligem e fumaça , são extremamente prejudiciais a saúde e podem atingir profundamente os pulmões e entrar na corrente sanguínea.
Em um comunicado publicado na internet, o governo municipal de Pequim ordenou a interrupção de todas as atividades de construção ao ar livre durante os dias de “alerta vermelho”, além de incentivar as escolas a fecharem. A declaração, emitida após dias de névoa espessa na semana passada, também cria restrições ao tráfego de certos tipos de veículos na metrópole de 22,5 milhões de habitantes.
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Moradores de Pequim criticaram as autoridades por não terem emitido um “alerta vermelho” durante a ocorrência da névoa na semana anterior, que ultrapassou a zona de risco dos índices de poluição. No domingo, o ministro da Proteção Ambiental, Chen Jining, prometeu punir as agências e autoridades que falharem na implementação de um plano de reação a emergências de poluição, informou o jornal estatal Global Times.
Embora a poluição na capital tenha melhorado ligeiramente nos primeiros 10 meses do ano, a poluição atmosférica pesada que pode ser vista do espaço obriga regularmente Pequim a suspender as atividades das escolas ao ar livre e fechar rodovias por causa da baixa visibilidade. A China, maior emissor de carbono do mundo, planeja modificar as usinas de carvão nos próximos cinco anos para combater o problema. No entanto, enquanto o país estipula regras mais rígidas, mais investimentos em energia solar, eólica e outras energias renováveis, a nação ainda depende do carvão para mais de 60% de sua energia.
(Da redação)
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