O Partido Democrata aceitou restabelecer o acesso da equipe de campanha de Bernie Sanders, pré-candidato à eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016, à sua base de informações sobre eleitores.
O Comitê Nacional Democrata (CND) suspendeu na quinta-feira as consultas da da equipe do senador de Vermont, depois de ficar comprovado que ao menos um de seus assessores aproveitou um problema no sistema para observar dados cruciais de Hilary Clinton, que encabeça a disputa interna pela candidatura à presidência.
A suspensão pôs em risco a esperança de Sanders de superar Hillary Clinton na preferência dos eleitores democratas. Os dois debatem neste sábado na televisão e se esforçam para encontrar uma vantagem estratégica. Por isso, a equipe de Sanders apresentou na sexta-feira uma ação na corte do distrito de Columbia contra a decisão do CND. Pouco depois, o partido anunciou que o direito de Sanders de consultar a base de dados estava restabelecido.
Josh Uretsky, integrante da campanha de Sanders que acessou os dados da equipe adversária, foi demitido. Em entrevista ao canal CNN, ele disse que não tentou espionar os dados de Clinton ao percebeu a falha no sistema de TI, mas apenas avaliar o “grau de exposição” da candidatura de Sanders.
Apesar de Uretsky ter sido o único demitido, o jornal The New York Times afirma que quatro contas de usuários associadas à campanha de Sanders foram utilizadas para vasculhar as informações sobre Clinton que ficaram expostas.
Sanders, um independente que gosta de se apresentar como “socialista democrático”, aparece nas pesquisas com mais de 20 de pontos de desvantagem para a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama.