Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para Maduro, testamento de Chávez é a Constituição

Presidente interino diz que coronel "deixou tudo preparado" e que cabe a seus aliados "continuar seu trabalho"

Por Da Redação
8 mar 2013, 17h33

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a Constituição é uma herança de Chávez para os venezuelanos ao exibir um exemplar da carta constitucional durante o funeral do coronel. “Ele deixou seu testamento assinado e selado pelo povo. Se alguém quer saber quem é Hugo Chávez, aqui está a Constituição, conheça essa letra feita por ele, sua Constituição apoiada e discutida pelo povo. Tudo o que somos hoje está aqui”, disse. “Hoje podemos dizer, comandante, esta carta é de todos. É uma carta para fazer a revolução democrática”.

Maduro referiu-se à Carta Magna aprovada em 1999, mas que tem sido interpretada de acordo com os interesses dos governistas, o que gerou uma crise política no país durante a convalescência de Chávez e que segue oficializada com o respaldo do Tribunal Superior de Justiça, órgão também alinhado aos governistas.

Internado em Cuba, o coronel não tomou posse em 10 de janeiro, como previsto na Constituição. Os chavistas definiram, no entanto, que ele havia sido reeleito e, portanto, não era necessário prestar juramento na data estipulada. A tese foi ratificada pelo TSJ e, desta forma, Maduro pôde continuar a exercer as funções de vice-presidente, apesar de não ter sido eleito, mas nomeado por Chávez.

Continua após a publicidade

No mundo criado pelos chavistas, o caudilho continuava a comandar o país mesmo à distância. Maduro ressaltou esse posicionamento várias vezes, ao dizer que o mandatário estava em contato com sua equipe, passando orientações.

Depois da morte de Chávez, sem tomar posse, os governistas mantiveram o discurso – Maduro, como vice-presidente, deveria assumir a Presidência interinamente já que o cenário era de ausência absoluta do presidente. Com isso, ele deixaria a vice-presidência e poderia se candidatar para as próximas eleições, que devem ser realizadas em abril.

Segundo Maduro, o coronel em seus últimos momentos de vida pediu que seus aliados o ajudassem a fazer um testamento. “Essa ordem não cumprimos, era impossível. Essa ordem já havia sido cumprida, toda a sua vida é um testamento, é a sua obra”.

Continua após a publicidade

Disse ainda que Chávez sempre perguntava o que iam fazer seus aliados quando ele morresse. “Ele deixou tudo preparado. Pode ir em paz, cabe a nós continuar seu trabalho”.

Funeral – O discurso de Maduro, transmitido em rede nacional, foi feito no funeral de estado de Chávez, do qual participaram dezenas de líderes políticos. A cerimônia foi realizada na Academia Militar, em Caracas, para onde o corpo foi levado e está sendo velado desde quarta. Após a execução do hino nacional, Maduro e Diego Molero, Ministro da Defesa, colocaram uma réplica da espada de Símon Bolívar em cima do caixão do presidente.

Entre os presidentes que participaram da cerimônia, estavam Evo Morales, da Bolívia, Raúl Castro, de Cuba, Mahmud Ahmadineyad, do Irã, Alexander Lukashenko, da Bielorrússia, Mauricio Funes, de El Salvador, e Michel Martelly.

Continua após a publicidade

O corpo do presidente ainda será velado por mais sete dias, segundo Maduro. Depois do funeral, ele deverá ser transferido para o Museu Histórico e Militar, no Quartel da Montanha, onde o coronel dirigiu um frustrado golpe de estado em fevereiro de 1992. Com o fim das cerimônias fúnebres, Chávez será embalsamado e ficará em uma urna de cristal.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.