Outra menina loira é retirada de casal de ciganos, desta vez na Irlanda
Policiais não ficaram satisfeitos com documentos apresentados e entregaram criança para o serviço social
Policiais irlandeses retiraram a custódia de uma menina loira de sete anos que vivia com um casal de ciganos nos arredores de Dublin, segundo informações publicadas pela BBC e pelo jornal Irish Times. O caso ocorre dias após policiais gregos terem retirado outra menina loira, com cerca de 4 anos, de um acampamento em Farsala, na região central da Grécia.
No caso irlandês, a polícia chegou até a menina após uma denúncia. Segundo o jornal Irish Times, os ciganos, que imigraram da Romênia e vivem há anos na Irlanda, afirmaram que eram os pais da menina e apresentaram documentos para provar a alegação, como um passaporte e uma certidão de nascimento.
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Mas, segundo o jornal, os policiais não ficaram satisfeitos com os documentos. Um dos pontos que levantaram suspeitas foi o fato de os pais afirmarem que a menina havia nascido em um hospital de Dublin em 2006. Só que o hospital informou que não possui nenhum registro disso. O passaporte também gerou dúvidas já que a fotografia mostrava uma criança mais nova.
Com base nessas desconfianças, os policiais invocaram uma lei de proteção à criança e entregaram a menina para o serviço social. Ninguém foi preso. A polícia agora quer confrontar amostras de DNA do casal de ciganos para comprovar se a menina é mesmo filha deles.
Grécia – Já o caso da menina retirada de uma família cigana na Grécia rendeu milhares de ligações e e-mails para organizações de caridade do país que têm ajudado nos esforços para identificar a criança. Parte dos contatos é feito por pais de crianças que desapareceram. Segundo a organização Smile of the Child, pelo menos dez contatos renderam pistas promissoras.
Um teste de DNA já comprovou que a menina loira de olhos azuis, que passou a ser chamada de “Maria” pelas autoridades e pela imprensa grega, não era filha do casal de ciganos que cuidava dela. O casal foi preso após apresentar diferentes versões para justificar o fato de a menina estar no acampamento e por manter armas não registradas. Por fim, eles afirmaram que a criança foi adotada informalmente, em um ato de “caridade” após ela ser rejeitada pela mãe biológica.
A polícia divulgou que o casal usou diferentes documentos para registrar catorze crianças em três diferentes cidades da Grécia. Só quatro dessas crianças tiveram a existência comprovada. De acordo com a polícia, a fraude permitiu que o casal recebesse 2.500 euros (cerca de 7.500 reais) por mês da assistência social do país.