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Opositor sírio pede que Hezbollah deixe o país

Assad diz que terroristas chechenos sequestraram bispos da Igreja Ortodoxa

Por Da Redação
25 abr 2013, 10h32

O ex-presidente da opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmed Moaz al-Khatib, pediu ao chefe do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, que retire os combatentes da sua organização do território sírio, em mensagem postada nas últimas horas em sua página no Facebook. Khatib considera que a intervenção do Hezbollah, aliado do regime de Damasco, complicou o panorama no país e rejeita os argumentos usados pela organização terrorista, que disse agir em defesa das localidades com maioria xiita.

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Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

“Eu esperava que alguém com a sua estatura política e social se tornasse pessoalmente um fator positivo para acabar com o derramamento de sangue sírio”, disse Khatib a Nasrallah. Khatib adverte que as atitudes de alguns membros do Hezbollah transformaram sua “ideologia” em “uma desordem histórica”.

Para o opositor, “há uma grande conspiração para arrastar todo o mundo islâmico a uma guerra sunita-xiita, começando pela Síria, seguindo pelo Líbano e depois para o restante da região, incluindo Irã e Turquia”. Em 22 de abril, a CNFROS elegeu em Istambul o veterano opositor George Sabra como o presidente interino da aliança, após a renúncia de Khatib.

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Nos últimos meses, aumentaram as denúncias da oposição síria sobre ataques do Hezbollah em cidades próximas à fronteira com o Líbano. A organização terrorista libanesa, por sua vez, defende seu dever “moral e nacional” de proteger os libaneses que vivem em localidades fronteiriças com o país vizinho.

Terroristas chechenos – Também nesta quinta-feira, o ditador da Síria, Bashar Assad, acusou um grupo armado “liderado por terroristas chechenos” de estar por trás do sequestro de dois bispos ortodoxos no país, segundo a agência estatal síria Sana. O Ministério das Relações Exteriores da Síria enviou duas cartas na quarta-feira ao Conselho de Segurança e à Secretaria-Geral da ONU com a denúncia. O suposto grupo terrorista estaria vinculado à Frente al Nusra, por sua vez ligado à Al Qaeda e combate o regime de Assad.

As cartas enviadas lembram que os dois religiosos foram sequestrados na cidade de Alepo na última segunda-feira, quando retornavam de uma missão humanitária. Segundo o regime sírio, “este crime faz parte da atividade terrorista radical que é articulada pelo grupo armado filiado à Frente al Nusra e seus mercenários estrangeiros, que contam com apoio de países da região”. Por enquanto, nenhuma organização reivindicou o sequestro do bispo greco-ortodoxo de Alepo e Alexandria, Bulos Yaziji, e o siríaco ortodoxo dessa mesma cidade, Yuhanna Ibrahim.

(Com agência EFE)

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