Obama e Merkel, a dupla de melhores amigos

EUA e Alemanha tentam superar as desconfianças mútuas surgidas com os escândalos de espionagem

Por Da Redação
7 jun 2015, 15h42

A chanceler alemã, Angela Merkel, conversa com o presidente norte-americano, Barack Obama, do lado de fora do castelo de Elmau, Alemanha, durante as reuniões do G7 - 08/06/2015 (Michael Kappeler/Reuters)

A cúpula do G7 está servindo para outro propósito paralelo: restaurar as relações entre Estados Unidos e Alemanha, abaladas desde que escândalos de espionagem (mútua) vieram a público. O presidente Barack Obama e a chanceler Angela Merkel tomaram cerveja (sem álcool), dividiram salsichas e se declararam grandes amigos, depois de se cumprimentarem com beijos nas duas bochechas.

“Estarmos todos juntos hoje é a prova de que os conflitos terminam”, disse Obama. O primeiro gesto veio da chanceler alemã, que convidou Obama para uma visita antes do início do encontro dos líderes do G7. As demonstrações públicas de amizade foram cuidadosamente coreografadas para mostrar ao mundo que EUA e Alemanha estão em lua-de-mel. “Ainda que às vezes tenhamos diferenças de opinião, os Estados Unidos são nosso amigo, nosso parceiro e, na verdade, um parceiro essencial”, disse Merkel.

A espionagem é o motivo de atrito entre os dois aliados. Em 2013, Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança dos EUA, divulgou documentos mostrando que a Casa Branca havia grampeado o celular pessoal de Merkel. No ano passado, o governo alemão expulsou um espião da CIA que estava empenhado em recrutar para o serviço de espionagem americano uma autoridade alemã.

Em abril, a maré virou e quem ficou na berlinda foi o governo de Berlim cujo serviço de inteligência foi flagrado monitorando empresas europeias e, possivelmente, cidadãos, a pedido da espionagem americana.

(Da redação)