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Começa venda de maconha para uso recreativo nos EUA

Primeiras lojas abriram hoje no Colorado. Autoridades esperam que o negócio movimente 578 milhões de dólares por ano e arrecade 67 milhões em tributos

Por Da Redação
1 jan 2014, 15h15

Comerciantes do Colorado abriram nesta quarta-feira os primeiros estabelecimentos autorizados a vender maconha para uso recreacional nos Estados Unidos. O consumo da droga com esse objetivo foi aprovado em referendo estadual em novembro de 2012. Também foi autorizado o plantio da cannabis sativa. Outro estado que também liberou a comercialização do entorpecente para lazer foi Washington, mas a medida ainda não foi regulamentada. O uso da maconha para fins medicinal é permitida em outras dezenove unidades federativas.

Ao todo, 136 locais obtiveram licença para oferecer maconha, 101 deles em Denver, capital do estado. Outros 178 conseguiram permissão para cultivo. Os interessados na compra precisam ter mais de 21 anos e apresentar uma identificação. Os moradores têm direito a comprar 28 gramas da droga por vez. Turistas estã autorizados a comprar um quarto dessa quantia. As autoridades do Colorado esperam que o negócio movimente 578 milhões de dólares por ano – 67 milhões em tributos para o Estado.

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A expectativa é que quarenta lojas abram as portas nesta quarta-feira. Os primeiros comerciantes esperam ter uma demanda inicial alta dos consumidores. “Queremos ter 2 mil cigarros prontos quando abrirmos”, disse Robin Hackett, 51, que espera receber entre 800 e mil pessoas no primeiro dia do ano. A comerciante tem em estoque de 23 quilos de maconha. Além de cigarros, as lojas estão autorizadas a vender outros produtos com maconha, como barrinhas, refrigerante, chás e biscoitos, entre outros.

A novidade promete atrai turistas. “Sei de pessoas que virão de carro do Texas, Arizona e Utah”, afirma Adam Raleigh, diretor da empresa produtora de maconha Telluride Bud Company. “Nos últimos meses, recebi todos os dias entre quatro e seis e-mails, entre cinco e 10 ligações telefônicas de pessoas que pedem detalhes sobre a lei e sobre a melhor data para organizar viagens que combinem esqui e maconha.”

O início desta norma abriu um intenso debate no país sobre as consequências que sua aplicação poderia acarretar na sociedade do Colorado. Para Michael Elliott, diretor de Medical Marijuana Industry Group (MMIG), a venda de maconha recreativa não afetará a saúde dos jovens nem gerará mais acidentes de passagem ou atividades criminais e, pelo contrário, gerará “benefícios para a saúde pública” porque propiciará que menos jovens consumam álcool ou se suicidem.

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Por sua vez, a Associação Nacional da Indústria do Cannabis (NCIA, em inglês), que nesta manhã iniciou o que denominou de “a primeira venda mundial de maconha recreativa e regulada para adultos” em um dispensário de Denver, impulsiona a criação de “um ambiente social, econômico e legal propício para essa indústria nos Estados Unidos”. “Esta venda demonstrará a segurança e o potencial econômico do mercado da maconha regulada, ressaltará o valor da maconha como produto de consumo para adultos e oferecerá um antecipação do futuro das vendas legais de maconha”, indicou a porta-voz da NCIA, Betty Aldworth, que foi uma das impulsoras da Emenda 64.

Críticas – Nem todos compartilham o otimismo de Elliott e Aldworth, como é o caso de Fidel Montoya, líder de uma aliança religiosa multicultural em Denver e membro de uma coalizão que se opôs de maneira infrutífera à aprovação da norma. “Acho que estamos abrindo portas amplas demais ao legalizar a maconha”, disse à Montoya, que estima que “o dinheiro fácil comprou os funcionários públicos”, em alusão aos 4 milhões de dólares em impostos que são estimados aos cofres de Denver como consequência da iniciada desta lei.

“Durante anos mostramos aos jovens que a maconha era perigosa, porque era o ponto de entrada a drogas mais perigosas. Agora dizemos que não é. Essa mudança fará com que os jovens duvidem de tudo o que queremos ensinar”, acrescentou.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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